Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12

Na língua grega, há uma diferença entre conhecimento proposicional/racional/ científico e o conhecimento reflexivo/experimental/relacional. Os gnósticos, grupo religioso que surgiu nos primeiros séculos da era cristã, valorizavam o segundo tipo de conhecimento e o relacionavam com a salvação. Ao longo da história, apareceram muitos outros meios de salvação. O catálogo é longo.

Para o gnótico, a salvação ocorre quando você sabe. Para o místico, a salvação ocorre quando você sente. Para o legalista, a salvação ocorre quando você faz. Para o perfeccionista, a salvação ocorre quando você é. Para o espiritualista, a salvação ocorre quando você sofre. Para o hipócrita, a salvação ocorre quando você parece. Para o escolhido, a salvação ocorre quando você pertence. Para o existencialista, a salvação ocorre quando você experimenta. Para o tradicionalista, a salvação ocorre quando você conserva. Para o capitalista, a salvação ocorre quando você tem. Para o comunista, a salvação ocorre quando você divide. Para o naturalista, a salvação ocorre quando você evolui. Mas, para o cristão, a salvação ocorre quando você crê.

Todos esses “meios” de salvação, exceto o cristão, são antropocêntricos (com base no homem) e não passam de ilusão. Contudo, a salvação proposta pelo cristia­nismo autêntico é teocêntrica (com base em Deus) e tem uma dimensão passada, pre­sente e futura. O foco não é “faça”, mas “feito”; não é “merecimento”, mas “graça”; não é “você”, mas “Deus”. No sistema divino, você pode ter a certeza da salvação agora.

Algumas pessoas gostam de discutir a semântica da palavra “salvação”, mas não há por que complicar. No Novo Testamento, salvação é o que Cristo fez por nós. Ele morreu para que vivamos, venceu o pecado para que tenhamos santidade, des­truiu a morte para que recebamos a imortalidade, conquistou a degradação para que experimentemos a glorificação. Por isso, em certo sentido, todas as palavras e metáforas relacionadas com a salvação têm que ver com substituição e o que Deus fez. Propiciação (do ambiente cultual) é o sacrifício que Deus ofereceu para satisfazer a justiça; redenção (do ambiente do mercado) é o preço que Deus pagou pelo nosso resgate; justificação (do ambiente da corte) é a defesa que Deus providenciou para nos declarar inocentes; e reconciliação (do ambiente familiar) é o abraço que Deus ofereceu para restaurar nossas relações.

Por tudo o que Deus fez, você pode dizer: “Sou perdoado: Deus pagou minha dívida. Sou justificado: Deus mudou meu estado. Sou regenerado: Deus transformou meu coração. Sou reconciliado: Deus se tornou meu amigo.” 

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