Um novo relatório, que será publicado no mês que vem, diz que os efeitos da mudança climática serão ainda mais graves do que os que as Nações Unidas tinham previsto. O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, assegurou que “as conseqüências da mudança climática são mais sérias do que achávamos até agora”. Notícias como esta tornam cada vez mais necessária a tomada de consciência por parte dos habitantes do planeta Terra, se quiserem passar mais algum tempo por aqui e legar a seus filhos um mundo minimante habitável (já que todas as projeções apontam para uma situação crítica em, no máximo, 50 anos). E é aí que entram produções como o documentário premiado (Oscar de Melhor Documentário em 2007) do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, “Uma Verdade Inconveniente”.

Dirigido por Davis Guggenheim, o filme, que chegou às locadoras no mês passado, apresenta argumentos persuasivos de Gore, ilustrados com gráficos, tabelas e belas imagens de várias partes da Terra. Gore explica que já não se pode tratar o aquecimento global como um problema meramente político, mas sim como o maior desafio que se enfrentará neste século.

O filme é muito bem feito, recheado de dados científicos, mas sem ser técnico demais. A criatividade e o bom humor recheiam a produção e a qualidade retórica de Gore fica evidente. O filme apenas peca pelo excessivo personalismo, centrado que é na figura do político que quase se tornou presidente nas eleições do ano 2000 e que perdeu para o Bush que não quis assinar o Protocolo de Kioto.

No fim do filme, são dadas sugestões de atitudes individuais para combater o efeito estufa.

A verdade que o filme apresenta pode ser “inconveniente” para quem pensa em viver aqui para sempre. Mas quando lembramos que o aquecimento global traz a reboque problemas como a fome, epidemias e inundações, é impossível deixar de relacionar isso com outra verdade profetizada há muitos séculos, na Bíblia: a verdade da volta de Jesus. Mas a diferença, entre tantas, é que esta traz esperança.                                                – Comentário de Michaelson Borges

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