Pois na morte não há recordação de ti; no sepulcro quem te dará louvor?      Salmo 6:5

Viajava outro dia de São Paulo para Brasília. Ao meu lado, uma senhora idosa chorava em silêncio. Quando o avião levantou vôo, perguntei: “Está tudo bem?” – “Não, respondeu, está tudo mal. Estou indo a Brasília para enterrar o meu filho que morreu ontem num acidente de trânsito.” “Lamento muito, tudo vai passar”. “Eu sei, respondeu. Eu sei que a dor vai passar, mas pelo menos gostaria de ter certeza do destino do meu filho.”

Alguma vez você já teve essa inquietude? Aonde vão as pessoas quando morrem? Ao cemitério? Claro, e depois? Porventura os mortos sofrem, se comunicam com os vivos ou andam por aí esperando encarnar-se em novas formas de vida? Os mortos têm consciência de Deus? Podem louvá-Lo?

Acho que o tema da morte é um dos assuntos mais polêmicos e discutidos de nossos dias. Cada um tem uma fonte diferente de informação. Mas o que diz a Bíblia a respeito? O que afirma Davi no Salmo de hoje? O tema do Salmo cinco é a dor e o sofrimento pelos quais o salmista estava passando. Perseguido tinha chegado a um ponto em que sentia que não tinha mais forças para resistir, então clamou dizendo: “Volta-te, ó Senhor, livra a minha alma, salva-me por Tua misericórdia.” Em outras palavras, necessito que me ajudes aqui e agora, nesta vida. Por que? Ele mesmo responde: “Pois na morte não há recordação de ti; no sepulcro quem te dará louvor?”

Esta declaração de Davi combina perfeitamente com o que Salomão, seu filho, escreveu no livro de Eclesiastes: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma, nem tão pouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em cousa alguma do que se faz debaixo do sol” Eclesiastes 9:5 e 6.

Hoje é o dia. Agora é a sua oportunidade. Na morte ninguém pode fazer nada. É apenas um sono do qual despertaremos quando Jesus retornar. Por isso, peça hoje a Deus que lhe ajude a fazer tudo o que for preciso fazer. Se tiver que reconhecer que errou, reconheça; se tiver que pedir perdão peça, e se tiver que dizer te amo, diga-o porque “na morte não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor?”. – Alejandro Bullón, Janelas para a vida, MM 2007, CPB

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