A salvação vem do Senhor! Jonas 2:9
Muitos de nós nos lembramos das ocasiões em que ouvimos, quando crianças, a história do profeta que foi engolido por um grande peixe. Essa é a história real de Jonas. Não se trata de mito, lenda, fábula ou parábola. O livro que leva seu nome é datado aproximadamente de 785 a.C., período do reinado de Jeroboão II, em Israel.
Filho de Amitai, Jonas viveu em Gate-Hefer, pequena vila ao norte de Israel, na Galileia, perto de Nazaré, onde Jesus cresceu. No entanto, o profeta é apenas o personagem de um relato cujo maior herói é o próprio Deus. Isso evidencia o fato de que a graça pontua toda a história.
Sendo a graça um favor divino, é curioso que o livro inicie com o chamado a Jonas, convidando-o a pregar contra Nínive (Jn 1:2), capital da Assíria, o mais poderoso império do mundo naqueles dias. Era uma mensagem de destruição. Os judeus odiavam os ninivitas, notórios pela crueldade. Ao capturarem os inimigos, os assírios costumavam decapitá-los, mutilá-los e lançá-los aos cães ferozes, entre outras atrocidades.
Você se lembra do esforço feito por Jonas para fugir do dever e de como a graça divina insistiu com ele? Finalmente o profeta cedeu, anunciou o juízo divino, e os ninivitas se arrependeram. Jonas deveria ter se alegrado, mas “ficou profundamente descontente” (Jn 4:1, NVI). Deveria a graça se deixar limitar pelo preconceito contra quem quer que seja? Aqui, ela parece tomar feições de escândalo para muitas pessoas, ao abrir-se ilimitadamente a todo e qualquer pecador.
É isso. A um mundo esmagado sob peso da própria culpa, Deus abriu indistintamente os braços da graça. Essa é uma boa-nova cheia de esperança para todas as pessoas, em todo lugar, não importando o quanto sua vida de pecado tenha sido extensa, vergonhosa e hedionda.
Não sei que limites a graça teve que transpor a fim de alcançar você. Fui alcançado no ventre materno; mas, ao longo da minha vida, entre escorregões e tropeços próprios da natureza humana, a graça me sustém. Agradecido por isso, posso cantar com você, agora e pela eternidade, sobre a graça excelsa de Jesus.
Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB