Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí. Jeremias 31:3

Filho de um grande empresário, George Matheson nasceu em Glasgow, Escócia, em 1842. Ainda na infância, foi acometido de um distúrbio visual progressivo que o levou à cegueira total aos 18 anos. Ao receber a informação do diagnóstico, sua noiva o abandonou. Apesar disso, ele se destacou como aluno na Universidade de Glasgow e se tornou expressivo pastor presbiteriano, tendo liderado grandes igrejas durante anos. Em 1899, com a saúde fragilizada, renunciou ao ministério pastoral. Sete anos depois, em 1906, veio a falecer.

Além de livros teológicos e devocionais que escreveu, Matheson foi compositor. Entre suas mais belas composições, está o hino “Amor que por Amor Desceste” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 120). A esse hino ele chamou “O Fruto da Dor”, e explica: “Meu hino foi composto na casa pastoral de Innellan, em 6 de junho de 1882. Eu estava sozinho. Era o dia do casamento da minha irmã, e o resto da família estava em Glasgow. Algo que apenas eu sabia me havia acontecido, e isso causava-me o mais tremendo sofrimento mental. O hino foi fruto desse sofrimento. Foi o trabalho que executei mais rapidamente em minha vida. Tinha a impressão de que uma voz interna ditava para mim, em vez de eu o estar fazendo por mim mesmo” (Tércio Sarli, Posso Crer no Amanhã, p. 126, 127).

A irmã havia sido uma grande apoiadora de Matheson, desde que ele havia perdido a visão. Inclusive o acompanhava nas visitas pastorais. Provavelmente, o casamento dela tenha feito com que ele se sentisse mais solitário, trazendo-lhe à lembrança a noiva que o havia abandonado.

Direcionar a mente para o amor de Deus é o caminho infalível para superarmos quaisquer sofrimentos. Esse amor possui tamanha força de atração que, nas palavras de Paulo, nada pode nos desligar dele: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? […] Porque estou bem certo de que nem morte nem vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8:35, 38, 39).

Caso você se encontre em um emaranhado de perguntas sem respostas, sentindo o vento gelado de intensa provação, ouça pela fé a voz de Deus lhe falando: “Amo você com amor eterno!” Receba a bem-aventurança que vem desse amor e prossiga em paz.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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