Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração. 1 Samuel 16:7

Quer gostemos disso, quer não, somos julgados pela aparência: assim funciona a sociedade, a partir de estereótipos e prejulgamentos. No entanto, por mais que um bom visual possa impressionar, jamais devemos nos esquecer de que “as aparências enganam” e que “a primeira impressão pode enganar a muitos”.

Quando o Senhor enviou Samuel à casa de Jessé a fim de ungir um novo rei para Israel (1Sm 16:1-13), o profeta ficou muito impressionado com a aparência de Eliabe e chegou a dizer: “Certamente, está perante o Senhor o Seu ungido” (v. 6). Mas Deus advertiu Samuel: “Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.”

Até mesmo Uriah Smith (1832-1903), vastamente reconhecido como o precursor da interpretação profética dentro dos círculos adventistas do sétimo dia, falhou dessa mesma maneira. Quando os primeiros automóveis chegaram a Battle Creek, alguns cavalos assustados fugiram e acabaram ferindo uma mulher. Convencido de que o problema era a aparência dos veículos, Smith projetou uma cabeça de cavalo de madeira para colocar na frente dos automóveis. No dia 11 de abril de 1899, seu criativo “Desenho para corpo-veicular” foi patenteado por um período de sete anos. Mas sua invenção não funcionou conforme o esperado, pois os cavalos se assustavam não com a forma, mas com o barulho daquelas primeiras carruagens sem cavalos.

Julgamentos muito apressados podem nos impedir de enxergar a beleza interior das pessoas. Com frequência, por trás de um rosto considerado não atraente, encontra-se um coração amoroso e uma personalidade brilhante. Muito mais importante do que nosso aspecto externo é a estética de um caráter que se assemelhe à imagem e semelhança de nosso Criador e Redentor. No entanto, se pudéssemos ver todos os seres humanos com os olhos do próprio Cristo, enxergaríamos não necessariamente aquilo que já são, mas o que ainda podem se tornar quando transformados pela graça excelsa de Deus (Fp 3:12-16).  Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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