Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos céus. Mateus 19:14

Minhas reuniões com os pastores e anciãos de igrejas haviam terminado. Logo antes de partir para o aeroporto, um homem se aproximou de mim com um fardo pesado no coração. Sua esposa estava grávida e, alguns dias antes, exames médicos haviam confirmado que o bebê que ela estava esperando tinha anencefalia (a maior parte do cérebro faltando). O médico aconselhara um aborto, mas ela gostaria de ter o bebê. Meses depois, aquele homem me contou que, pela misericórdia de Deus, o bebê nasceu e conseguiu sobreviver duas semanas, dando algum tempo à mãe para lamentar sua perda. Que terrível ver perdas gestacionais, sofrimento e morte de criancinhas!

No dia 20 de setembro de 1860, Ellen White teve seu quarto filho, que posteriormente recebeu o nome de John Herbert. Um mês depois, ela escreveu para o marido (que estava viajando): “Ele é muito doente.” Posteriormente, contou: “Dia 14 de dezembro [sexta-feira], fui acordada. Meu bebê havia piorado. Escutei sua respiração pesada e senti seu pulso sem batimentos. Eu sabia que ele morreria. Foi uma hora de angústia para mim. A mão gélida da morte já estava sobre ele. Observei seu fôlego frágil, que tentava encontrar ar, até cessar. […] Acompanhamos nosso filho até o cemitério de Oak Hill, para ali descansar até o Doador da vida vir, quebrar as cadeias do túmulo e o chamar para sair imortal. Depois que voltamos do funeral, meu lar parecia solitário. Sentia-me conformada com a vontade de Deus; no entanto, desânimo e abatimento tomaram conta de mim” (Spiritual Gifts, vol. 2, p. 296).

Mas o que acontecerá com as crianças pequenas que morreram? Em Mensagens Escolhidas (vol. 2, p. 259, 260; vol. 3, p. 313-315), encontramos declarações de Ellen White sobre esse assunto. Ela explica que os filhos de pais fiéis serão salvos porque a fé dos pais “protege os filhos, como sucedeu quando Deus enviou Seus juízos sobre os primogênitos dos egípcios” (vol. 3, p. 314). Os filhos pequenos de pais descrentes receberão o cuidado dos anjos até poderem cuidar de si. No entanto, White acrescenta: “Não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto” (ibid., p. 315).

Que bênção saber que Deus cuida de todos nós, inclusive dos pequeninos! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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