Disse o homem: Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi. O SENHOR Deus perguntou então à mulher: Que foi que você fez? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Gênesis 3:12 e 13

Era uma vez uma empresa chamada Paradise Garden. Um dia, um erro fatal foi detectado. O presidente internacional convocou o presidente da empresa para ver o que havia acontecido. O presidente colocou a culpa do fracasso na diretora-geral. A diretora logo também arrumou um culpado. O clima na empresa se deteriorou. A criatividade diminuiu. A desconfiança predominou. Para resumir uma longa história, o presidente e a diretora perderam o emprego. Você já viu essa história?

Desde o jardim do Éden, os seres humanos têm aperfeiçoado a arte de culpar os outros, menos eles mesmos. Adão culpou Deus e Eva. A mulher culpou a serpente. Esta só não culpou a Deus porque não mais podia falar. Em vez de assumir o erro, Adão e Eva buscaram explicações externas para seu comportamento.

As coisas não melhoraram depois disso. Os cristãos culpam os ateus. Os ateus culpam os cristãos. O time culpa o técnico. O técnico culpa o clube. Os banqueiros culpam o governo. O governo culpa os empresários. O atendente culpa o sistema. O sistema não pode culpar ninguém. No fim, quase ninguém escapa de colocar a culpa nos outros. Errar é humano e culpar os outros é ainda mais humano. Robert Bloch talvez estivesse certo ao dizer: “A pessoa que sorri quando as coisas dão errado é porque se lembrou de alguém em quem pôr a culpa.”

Nas empresas, a tendência é um superior culpar um subordinado, que também culpa outro abaixo dele, e, quando não existe mais ninguém para culpar, o funcionário vai para casa e chuta o gato ou o cachorro. O pior é que, segundo um estudo da Universidade de Stanford, o mau costume de culpar os outros pode ser contagioso e se espalhar pelo ambiente de trabalho.

Culpar é assumir uma postura defensiva para proteger o eu e preservar a imagem. Culpamos na tentativa de esconder nossos erros, fugir das consequências, reduzir os efeitos negativos de nossas ações, racionalizar comportamentos censuráveis, desviar o foco do problema, diminuir a vergonha, negar a responsabilidade pelo fracasso, rebaixar os outros.

No entanto, além de ser um ato desonesto, culpar os outros faz com que a pessoa não aprenda com os próprios erros. Boa parte do fracasso não está na falha, mas na tentativa de transferir a culpa. Por isso, quando errar, assuma a responsabilidade. Se você mesmo assumir a culpa por seus erros, ninguém precisará culpá-lo.

Marcos De Benedicto, MM @016, Um Olhar para o Céu, CPB, p.22 

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