É pecado ser intemperante na quantidade de alimento ingerido, mesmo que a qualidade seja recomendável. Muitos acham que por não usarem alimento cárneo e os artigos alimentares mais finos, podem comer do alimento simples até não mais terem vontade. Isto é um engano. Muitos professos reformadores da saúde não são mais do que glutões. Põem eles sobre os órgãos digestivos um fardo tão grande que a vitalidade do organismo é consumida no esforço para dele desfazer-se. Exerce ele também uma influência depressiva sobre o intelecto, pois a energia nervosa do cérebro é requerida para auxiliar o estômago em seu trabalho.

Comer em excesso, mesmo do alimento mais simples, embota a sensibilidade dos nervos do cérebro e enfraquece sua vitalidade. O comer em excesso exerce um efeito mais prejudicial sobre o organismo do que o trabalho excessivo; as energias da alma são mais efetivamente prostradas pelo comer intemperante do que pela intemperança no trabalho.

Os órgãos digestivos jamais devem ser sobrecarregados com uma quantidade ou qualidade de alimento que exija esforço do organismo para dela apropriar-se. Tudo aquilo que é colocado no estômago, além do que o organismo pode utilizar para transformar em bom sangue, atravanca a maquinaria, pois não pode ser tornado quer em carne quer em sangue, e sua presença sobrecarrega o fígado e produz uma condição mórbida do organismo.

O estômago trabalha demais em seu esforço para utilizá-lo, e há então uma sensação de langor que é interpretada como sendo fome, e, sem dar tempo aos órgãos digestivos para repousarem de seu intenso labor e renovar suas energias outra quantidade imoderada de alimento é colocada no estômago, pondo o cansado maquinismo de novo em movimento. O organismo recebe menos alimento de tão grande quantidade de comida, mesmo de devida qualidade, do que de uma quantidade menor, tomada em períodos regulares.

É impossível ter clara concepção das coisas eternas a menos que a mente seja treinada a demorar-se sobre temas elevados. Todas as paixões devem ser trazidas em perfeita sujeição às faculdades morais. Quando homens e mulheres professam fé vigorosa e espiritualidade zelosa, sei que sua profissão é falsa se eles não têm posto todas as suas paixões sob controle. Deus pede isto. A razão pela qual tais trevas espirituais prevalecem é que a mente se satisfaz em seguir um baixo nível e não é dirigida para o alto, em um canal celestial puro e santo. EGWhite, CCS, p.160-161

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