Senhor, és minha força e fortaleza, meu refúgio no dia da angústia… Acaso alguém pode fazer seus próprios deuses? Jeremias 16:20

Em Jeremias 16, com símbolos de abstenção do casamento, casas de luto e festa, o profeta prediz a ruína dos judeus, porque eram piores do que seus pais. Também prediz o retorno do cativeiro, que deve ser mais extraordinário que a libertação do Egito. E afirma que Deus castigará a idolatria duplamente.

Jeremias é proibido de casar-se (v.1-4):
Então o Senhor me disse: “Não se case nem tenha filhos neste lugar” (fazer o trabalho de Deus, as vezes, requer sacrifícios pessoais. Mas havia um motivo especial para isso); porque assim diz o Senhor a respeito dos filhos nascidos nesta terra, e de seus pais: “Eles morre­rão de doenças graves; ninguém pranteará por eles; não serão sepultados, mas servirão de esterco para o solo. Perecerão pela espada e pela fome, e os seus cadáveres serão o alimento das aves e dos animais”.
Castigo sobre Judá (v.5-13):
Porque assim diz o Senhor: “Não entre numa casa onde há luto, não vá aos funerais; não vá prantear nem apresentar condolências, porque retirei a minha paz, o meu amor leal e a minha compaixão deste povo”. Tan­to grandes como pequenos morrerão nesta terra; não serão sepul­tados nem se pranteará por eles; não farão cortes no corpo nem se rapará a cabeça (práticas pagãs) por causa deles. Ninguém oferecerá uma refeição para consolar os que estiverem de luto, nem mesmo pela morte da mãe ou do pai. Ninguém dará de beber um cálice de vinho para consolá-los.
“Não entre numa casa em que há um banquete, para se assentar com eles a fim de comer e beber”. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: “Farei cessar neste lugar, diante dos teus olhos, a voz de júbilo e de alegria, a voz do noivo e da noiva”.
Quando você falar todas essas coisas e eles perguntarem: “Por que o Senhor determinou uma desgraça tão terrível contra nós? Que pecado cometemos contra o Senhor, nosso Deus? (pura hipocrisia)”, diga-lhes: “Foi porque os seus antepassados me abandonaram, e seguiram outros deuses, aos quais prestaram culto e adoraram. Eles me abandonaram e não obedece­ram à minha lei. Mas vocês têm feito coisas piores do que os seus antepassados: cada um segue a rebeldia do seu coração mau, em vez de obedecer-me. Por isso os lançarei fora desta terra, para uma terra que vocês e os seus antepassados desconhecem; lá vocês servirão a outros deuses dia e noite, pois não terei miseri­córdia de vocês”.
Esperança apesar da calamidade (v.14-18):
“Contudo, vêm dias”, declara o Senhor, “quando já não mais se dirá: “Juro pelo nome do Senhor, que trouxe os israelitas do Egito”. Antes dirão: “Juro pelo nome do Senhor, que trouxe os israelitas do norte e de todos os países para onde ele os havia expulsa­do”. Eu os conduzirei de volta para a sua terra, terra que dei aos seus antepassados. “Mas agora mandarei chamar muitos pescadores (invasores babilônios)”, declara o Senhor, “e eles os pescarão. Depois disso mandarei chamar muitos caçadores, e eles os caçarão em cada monte e colina e nas fendas das rochas. Os meus olhos veem todos os seus caminhos; eles não estão escondidos de mim, é impossível se esconderem de mim, nem a sua iniquidade está oculta aos meus olhos. Eu lhes retribuirei em dobro pela sua impiedade e pelo seu pecado, porque contaminaram a minha terra com as carcaças de seus ídolos detestáveis e encheram a minha herança com as suas abominações”.
Jeremias expressa confiança (v.19-21):
Senhor, minha força e fortaleza, meu abrigo seguro na hora da adversidade, a ti virão as nações desde os confins da terra e dirão: “Nossos antepassados possuíam deuses falsos, ídolos inúteis, nos deixaram uma herança enganosa, pois adoraram ídolos inúteis.  Pode o homem mortal fazer os seus próprios deuses? Sim, mas estes não seriam deuses verdadeiros!” O Senhor diz: “Agora lhes mostrarei meu poder, minha força. Finalmente entenderão e saberão que Eu Sou o Senhor.

O povo estava tão ansioso por servir a outros deuses estrangeiros em sua própria terra, que o Senhor, em justa retribuição, os colocara na terra desses deuses para servi-los nela. O cativeiro babilônico estaria mais vívido na memória deles do que a escravidão egípcia. Assim como na lei mosaica, a restituição ou multa, equivalia ao dobro do prejuízo causado, Deus adverte Judá de que o curso da iniquidade que escolheu lhe acarretaria completa retribuição. Não se brinca com Deus. O castigo é certo. Somente um arrependimento completo e sincero pode salvar o que se afasta de Deus.

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