Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês.” Êxodo 3:14

Um dos maiores líderes que o mundo conheceu foi, sem dúvida, Moisés. Celebrado na Bíblia e no Alcorão (que o cita 196 vezes), ele merece todas as honras que lhe têm sido devotadas em três grandes religiões mundiais: Judaísmo, cristianismo e islamismo. Sua história é narrada em quatro livros da Bíblia. Êxodo começa com o seu nascimento e Deuteronômio termina com sua morte. Esse livros formam uma espécie de biografia do grande líder hebreu. Para ser quem foi, ele teve que aprender e desaprender várias coisas.

Moisés precisou aprender quem é Yahweh, o Eu Sou, aquele que tem vida em si, que sempre foi, é e será, que está no início e no fim de todas as coisas. Absoluto, auto definidor, transcendente, o Eu Sou é a garantia de que poderemos ser e fazer o que ele deseja.

Além disso, Moisés precisou descobrir que devia usar os métodos certos paa conseguir seus objetivos. Ao vistoriar a situação do seu povo, Moisés viu um egípcio espancando um hebreu e matou o egípcio, o que despertou a ira do faraó (Êx.2:11-15). Acabou tendo que fugir. Fico imaginando se o faraó realmente estava preocupado com a morte do egípcio, ainda que fosse um oficial do governo. O mais provável é que intrigas palacianas tenham pintado a atitude de Moisés como o início de uma conspiração para tomar o poder. O príncipe tentou libertar o povo pela força da violência e fracassou. Tinha um apurado senso de justiça, mas precisava aprender a usar os métodos de Deus.

Moisés teve também que esperar o momento certo para agir. Diz o relato: “Muito tempo depois, morreu o rei do Egito” (Êx.2:23; 4:19). Isso indica que a situação tinha mudado e sugere que Deus estava observando e até mesmo dirigindo o cenário político. Moisés podia volta ao Egito. Muitas vezes, a morte de um governante mundial parece ser um evento puramente secular, mas a transição política pode representar a oportunidade para a realização dos propósitos divinos. Além do contexto político, o Senhor levou em conta também o anseio do povo hebreu pela liberdade. Parecia que Deus tinha se esquecido de seu povo, que talvez tivesse se esquecido de seu Deus. Dez gerações sem ouvia a voz divina, 400 anos de silêncio. Mas o momento havia chegado. O líder inteligente precisa sintonizar seu tempo com o tempo de Deus. A ação só pode ser eficaz quando Deus cria as circunstâncias e o tempo encontra a plenitude.

Descobrindo quem é Deus, usando o método certo e agindo no momento adequado, você pode partir rumo à terra prometida. Marcos De Benedicto, MM 2016, p.19

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