Esta meditação matinal foi escrita por Marcos De Benedito, e publicada pela CASA em 2016. E seu objetivo foi o de estabelecer conexão com o jovem que busca seu caminho, o casal que tenta reconstruir o casamento fragmentado, a mãe que ora pelo filho rebelde, o trabalhador que sonha com um emprego, o doente que subitamente se vê num leito de hospital, o crente que tem sede de Deus ou mesmo o intelectual que luta com suas dúvidas.

Dentro da diversidade de assuntos, há uma metáfora que unifica todos os textos: ao olhar para os lados ou para trás, ou para frente, ou para dentro de si, ou para os outros, ou para baixo… Mas a direção certa para se olhar é o céu.

Ao olhar para o céu, você reconhece que, acima dos palácios e das torres, acima das assinaturas dos governantes e das decisões dos poderosos, acima do ir e vir dos povos, acima dos atos que formam a tapeçaria multicolorida do existir humano, acima dos movimentos da história, há um Deus que controla todas as coisas e executa o conselho de sua própria vontade.

Olhando para o céu, você pode sintonizar a voz divina acima do murmúrio das ruas, apurar os sentidos para detectar os ecos da eternidade, descobrir um código para decifrar o enigma da vida, encontrar uma pista para percorrer o labirinto da existência, discernir um meio para transcender a rotina diária, receber uma blindagem para desafiar os decretos do destino. É no céu que você vê as estrelas, a aurora, o Sol, o dia e a luz.

É do céu que descem o amor, a graça, a justiça, a salvação, a vida, a sabedoria, a bênção e a oportunidade. É no céu que srge a nuvem trazendo a comitiva do Rei dos reis e Senhor dos senhores. É no céu que você iniciará os dias sem fim da eternidade. Olhar para o céu significa não temer os problemas da vida, não amar as coisas da Terra e não seguir as ilusões do mundo. Olhar para o céu é alcançar o tempo de Deus, contemplar a beleza do Altíssimo e suspirar pela santidade do Sublime.

Olhar para o céu é reconhecer a cidadania em outra pátria, sonhar com a cidade cujo Artífice é Cristo e vislumbrar um mar de glória. Foi para direcionar seu olhar para o alto e conectar o finito com o Infinito que preparei estes textos. O devocional foi escrito com oração.

Na mistura de tonalidades e pinceladas divinas e humanas, você descobrirá novas paisagens. Espero que cada palavra o inspire, oriente e motive em sua jornada pelos labirintos deste ano.

Quando a luz da aurora brilhar, que a face divina resplandeça sobre você; quando a noite estender seu manto sobre o céu, que a mão divina o proteja.

Quando você sair pelos caminhos do mundo, que os anjos do Eterno o acompanhem; quando voltar, que circundem sua casa.

Quando o calor tórrido do verão tostar sua pele, que o Sol da Justiça bronzeie seu espírito; quando o frio do inverno fizer tremer seu corpo, que o termômetro da fé estabilize sua alma.

Quando a seca rachar a terra, que os pântanos de sua vida sejam drenados; quando a chuva molhar o solo, que os chuviscos do Espírito divino reguem seu coração.

Quando você obtiver uma vitória, que a gratidão eleve seus olhos para o céu; quando fracassar, que a graça tire seu olhar do chão.

Quando você for ignorado, que a solidão do Homem de dores o console, quando receber um beijo, que a proximidade do Filho amado o alegre.

Quando você ficar um ano mais velho, que a promessa da eternidade o conserve para sempre jovem.

E, quando você não souber para onde olhar, que sua face se volte para O Deus do céu.

Marcos de Benedicto

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