Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. 1 Pedro 1:23
A maioria das pessoas provavelmente nunca ouviu falar de uma pobre mulher chamada Henrietta Lacks. No entanto, ela foi uma das personalidades mais importantes do século 20 e tem contribuído para o bem-estar de milhões de pessoas ao redor do globo. Você mesmo já pode ter sido beneficiado por essa humilde descendente de escravos.
Aos 31 anos, mãe de cinco filhos, Henrietta se tratou de câncer cervical no Johns Hopkins Hospital, onde suas células foram extraídas sem permissão. A doença a vitimou em 1951, mas suas células foram multiplicadas aos trilhões e “imortalizadas” em laboratórios do mundo inteiro. Conhecidas pelos cientistas apenas como HeLa, elas se tornaram uma ferramenta fundamental nos experimentos da medicina, incluindo a vacina antipólio, a clonagem e o mapeamento genético. Em 2010, a história de Henrietta foi revelada com sensibilidade pela jovem escritora Rebecca Skloot num livro que se tornou uma das obras de não ficção mais premiadas daquele ano. O mistério das “células imortais” estava desvendado.
O estudo das células não é novo. Em 1839, Theodor Schwann lançou a base da teoria celular. Isso levou alguns cientistas a se perguntarem se seria possível gerar um organismo adulto a partir de uma única supercélula. No início do século 20, os cientistas já tentavam decifrar os segredos das células-tronco e descobrir seu potencial reprodutivo. Então, no despontar do século 21, o século das células, a pesquisa celular com finalidade terapêutica se tornou uma das grandes apostas da medicina.
A pesquisa nessa área coloca a medicina em outro patamar. Por causa de suas capacidades, as células-tronco são estudadas hoje como se fossem o Santo Graal da medicina. Porém, há uma fronteira intransponível. Um fato paradoxal evidenciado pela história de Henrietta é que a mesma medicina que conseguiu preservar as células dela não foi capaz de mantê-la com vida. A ciência médica está muito avançada, mas não tem o poder de eternizar a existência.
A vida é um dom de Deus, por meio de Jesus Cristo. Nosso Salvador enfrentou a morte para que tivéssemos acesso à imortalidade. Assim como ocorre com um transplante de células-tronco, as células pluripotentes e imortais de Jesus podem ser transplantadas para nós e oferecer nova esperança. Somente Deus conhece totalmente o segredo das células. Apenas Jesus é a fonte da vida. E você só terá células imortais se receber a terapia de Deus, sendo regenerado pela Palavra divina.