Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. 1 Pedro 4:8

Hoje em dia parece ser elegante expor as faltas e os defeitos de outras pessoas. Nada parece ser sagrado. Ninguém parece estar imune a investigações. Afirma-se que até o lixo de oficiais do governo norte-americano tem sido revistado na tentativa de encontrar alguma coisa que se torne sensacional.

Certo verão ganhei dinheiro para pagar meus estudos no colégio cortando e transportando madeira perto de Covelo, na Califórnia. Uma tarde, meu sócio pegou a espingarda e foi caçar codornizes. Eu o acompanhei. Ele logo avistou um pequeno bando dessas aves e deu um tiro. As codornizes sobreviventes se dispersaram, algumas estavam mortas, e outras, feridas. Esse último grupo despertou minha simpatia de tal modo que nunca mais cacei depois disso. O fato mais surpreendente, porém, foi que pouco tempo depois da explosão, as codornizes sobreviventes retornaram a esse local e, movidas por um instinto pervertido, começaram a bicar furiosamente as aves feridas.

Será, porém, que seguidores professos de Cristo às vezes não se comportam de modo semelhante? Em vez de socorrer a igreja ou os membros que caíram sob a investida do tentador, por que, às vezes, os atacamos publicamente? Não é assim que Deus lida com Seu povo. Note como, ao falar com Moisés sobre os pecados de Israel, Deus disse que povo era “de dura cerviz” (Dt 9:13); mas, quando usou a Balaão para fazer menção de Israel perante Balaque, inimigo do povo, o profeta declarou que Deus “não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel” (Nm 23:21).

Que lição para nós! Os pecados do povo de Deus devem ser combatidos fielmente, mas não devem ser expostos ao mundo descrente. Os erros cometidos pela igreja ou por seus membros devem ser tratados dentro do contexto da igreja (1Co 6:1; Mt 18:17), e isso “com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado” (Gl 6:1). Depois de fazer isso, devemos entregar a questão nas mãos de Deus. Os que procedem dessa maneira verificam que frequentemente Deus os usa para converter “o pecador do seu caminho errado” e que, nesse processo, eles salvam esse indivíduo da morte espiritual e cobrem multidão de pecados (Tg 5:20).

Donald Ernest Mansell, 3/3/1982, MM 2021, CPB

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