Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a Sua vinda. 2 Pedro 3:11, 12, NVI

Assim como em nossos dias, também havia nos dias do apóstolo Pedro quem zombasse da vinda de Cristo. Os cristãos sob seus cuidados necessitavam de orientação, ânimo e certeza. Com plena segurança de que o Senhor não falhará, o apóstolo se apressou em aconselhá-los. Reafirmou a certeza no cumprimento da promessa divina e lhes expôs o estilo de vida que deveriam manter enquanto aguardassem a manifestação do Salvador: “Que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a Sua vinda” (2Pe 3:11, 12, NVI).

No entanto, algumas pessoas se perguntam: “Podemos apressar a vinda de Cristo? Deus não tem o controle absoluto da situação? Como poderíamos redirecionar, retardar ou adiantar a execução de Seus propósitos?” Inicialmente, será bom prestarmos atenção ao significado original das palavras “esperar” e “apressar” nesse verso. A primeira palavra, tradução do termo grego prosdokao, reflete uma “grande expectativa”, portanto ativa, prática, além do conhecimento meramente teórico de que algo vai acontecer. Ou seja, implica preparo, tendo em vista o desfecho do que é esperado. A segunda palavra é a tradução para o termo grego speud?, “continuamente apressando”; “veementemente desejando”, enquanto nos preparamos.

O próprio Jesus associou a espera ao envolvimento ativo na missão: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14). “É privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ellen White, Evangelismo, p. 696).

Fazer-nos participantes da missão que prepara o mundo para esse glorioso acontecimento, no entanto, não significa dependência humana da parte de Deus. “É privilégio” a nós concedido. Ele tem nas mãos o curso da História e a missão. “A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja” (Ellen White, Testemunhos Seletos, v. 2, p. 352). Pode muito bem dirigi-las sem nossa ajuda. Anjos, por exemplo, poderiam concluir a missão de evangelizar o mundo. Contudo, o Senhor escolheu contar conosco, apesar de nós mesmos. Quanto a nós, não deveríamos nos omitir de trabalhar lado a lado com Aquele que graciosamente nos escolheu, a fim de compartilhar com todas as pessoas o plano da redenção para o ser humano.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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