Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai. Mateus 24:36

Durante um intervalo entre palestras de um congresso, fui abordado por um participante que me perguntou: “Pastor, como é possível sentirmos saudades de alguma coisa que nunca vimos?” Referia-se às tantas vezes em que nós dizemos estar sentindo “saudades do Céu”. Essa saudade, inclusive, é tema de muitos de nossos belos hinos, como “Saudade” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 340) e “Além do Rio” (ibid., no 570). A ênfase é no anseio de que logo chegue o momento de vermos o Rei.

Com a expressão dessa saudade, tentamos traduzir nosso profundo anseio de que logo chegue o momento de vermos o Rei, conhecê-Lo assim como Ele é; experimentar Nele e junto a Ele a libertação de tudo o que nos faz sofrer no mundo e viver a glória de Sua presença para sempre.

“Tudo dentro de nós clama pela vida e pela permanência; no entanto, tudo que nos cerca nos faz lembrar da mortalidade” (Aiden Tozer, Mais Perto de Deus, p. 52, 53). Contudo, um dia voltaremos à eterna Fonte de nossa origem: o próprio Deus. Por isso, ansiosos pelo cumprimento da promessa feita por Jesus de nos levar para a casa do Pai, nós, à semelhança dos discípulos, perguntamos: “Quando será?” Não sabemos. Nem o Mestre revelou que soubesse. Paradoxo para Aquele que conhece todas as coisas? Evidentemente, não. A declaração não torna Jesus menos Deus do que sempre foi.

Ekkehardt Mueller opina: “A declaração foi feita durante o período em que esteve encarnado como ser humano, e é a partir dessa perspectiva que deve ser compreendida” (Ministério, jan/fev, 2012, p. 17). E o Comentário Bíblico Adventista afirma: “Como um homem na Terra, Cristo limitou voluntariamente Seu conhecimento e poder na medida da capacidade dos seres humanos” (v. 5, p. 538).

Contudo, o que mais nos importa do que saber simplesmente que Ele virá? Isso é tudo. Nossas dores terão fim, as lágrimas serão enxugadas, o pecado não mais existirá. Mataremos a saudade de nossos queridos e a saudade (anseio) de Jesus. A morte morrerá!

Tudo nos diz que “Ele está vindo. Se será hoje, um dia ou dois, depois de amanhã, o que importa saber é que Ele volta; e vem para recolher os que já são Seus” (Jader Santos). Enquanto isso, continuemos esperando e nos preparando.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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