Coroas o ano com a Tua bondade, as Tuas pegadas destilam fartura. Salmo 65:11

Estamos quase findando mais um ano. Quatro dias mais, e este ano se tornará passado. Há um ano, vivíamos as mesmas emoções e os mesmos sentimentos de agora, diante de tantos sonhos, expectativas e projetos que alimentávamos em nossa mente. Olhávamos pelo retrovisor do tempo os deslizes, obstáculos e curvas na estrada do ano anterior e acendíamos os faróis da esperança. Nada podíamos ver, mas podíamos crer, confiar, sonhar e avançar. O que vemos agora?

Frutificaram as sementes dos ideais que lançamos? Concretizaram-se os sonhos nos quais investimos intelecto, tempo, sentimentos, emoções e, talvez, dinheiro? Independentemente de quaisquer resultados colhidos, o importante é que a certeza de termos sido acompanhados pela bondade de Deus mantém a esperança e nos enche de paz. O que mais poderíamos desejar? Estamos nas mãos de um Pai empenhado em promover nosso bem em todas as circunstâncias que nos envolvam. “Um poder invisível está trabalhando continuamente para servir ao homem, para alimentá-lo e vesti-lo” e para tudo o mais (Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 81).

No Salmo 65, Davi louva a Deus por Sua bondade manifestada, ao que parece, nas bênçãos de uma colheita farta. Ninguém pode afirmar não ter vivenciado a bondade divina, por meio da colheita de frutos que brotaram das sementes lançadas no início deste ano. Há realizações e conquistas a serem contabilizadas; ideais e sonhos realizados. Objetivos atingidos. E há bênçãos em forma de crescimento experimentado e lições aprendidas em meio a perdas momentâneas.

Até aqui chegamos amparados pelo mesmo poder que sustém os mundos em suas órbitas e mantém firmes as montanhas. A mesma luz que faz os poderes das trevas tremerem ilumina nosso caminho. A mesma voz que acalma tormentas transmite serenidade a nosso coração. Nosso Deus é o grande Eu Sou, o Alfa e o Ômega, Aquele que nos alcançou no mais profundo nível da nossa pecaminosidade e nos dignificou. Um Deus que nos ama de uma eternidade a outra, passada e futura, e cujas misericórdias não têm fim. Ele responde a todos os nossos clamores, sempre além do que pensamos, desejamos ou pedimos, conhecendo o que é melhor para nós. Por onde passa, deixa fartura. Portanto, assim como na linguagem do salmista, os campos revestidos de rebanhos e os vales cobertos de trigo “exultam de alegria e cantam” (Sl 65:13), cantemos nós também. Temos razões para cantar.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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