Deus tornou pecado por nós Aquele que não tinha pecado, para que Nele nos tornássemos justiça de Deus. 2 Coríntios 5:21, NVI

As serpentes despertam diferentes reações naqueles que as veem. Algumas pessoas amam esses animais, outras se sentem temerosas em relação a eles. Há muitos anos, minha esposa e eu visitamos, na cidade de São Paulo, o famoso Instituto Butantã, o maior fabricante de imunobiológicos e biofarmacêuticos da América Latina e um dos maiores do mundo. Fundado em 23 de fevereiro de 1901, é conhecido internacionalmente por sua coleção de serpentes venenosas, além de ter uma grande quantidade de lagartos, aranhas, escorpiões e insetos peçonhentos colecionados durante mais de cem anos.

A partir da extração do veneno de répteis e insetos, o instituto desenvolve vacinas contra diversas doenças, incluindo tuberculose, raiva, tétano e difteria. O centro também produz antídotos para picadas de serpentes peçonhentas. Infelizmente, em 15 de maio de 2010, um incêndio no prédio de coleções destruiu mais de 70 mil espécies de serpentes, bem como mais de 450 mil espécies de artrópodes, incluindo escorpiões, opiliões (como a aranha-bode), miriápodes (como a lacraia e o piolho-de-cobra) e aranhas.

O processo de extração do veneno de serpente para produzir o soro antiofídico pode exemplificar o que Cristo fez por nós na cruz. Ao carregar nossos pecados, sem Se tornar pecador, Ele providenciou um antídoto eficaz contra o pecado (2Co 5:21). Esse princípio foi bem ilustrado pelo episódio das serpentes abrasadoras (Nm 21:4-9). Os israelitas estavam morrendo em virtude da picada delas; entretanto, aqueles que fossem mordidos, mas olhassem para a serpente de bronze, teriam vida. O próprio Jesus declarou: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que Nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3:14, 15).

O terrível incêndio que destruiu a grande coleção de serpentes do Instituto Butantã em 2010 nos lembra da destruição final da “antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,” e de seus anjos maus, ao fim do milênio (Ap 12:9; 20:7-10). As ações triunfantes de Deus sobre o mal, prometidas pela primeira vez no jardim do Éden (Gn 3:15) e confirmadas na cruz (Jo 12:31), serão finalmente concluídas, para todo o sempre. Então o veneno do pecado será definitivamente erradicado do Universo, para nunca mais infectar alguém outra vez. – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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