As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. Isaías 59:2

Em Isaías 59, o profeta fala sobre a natureza alienadora do pecado, trazem calamidades sobre a nação judaica. Mas, a salvação só vem de Deus, que quer fazer uma aliança com o povo.

A separação de Deus (v.1-3):
Vejam! O braço do Senhor não está tão encolhido que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir (o povo considerava Deus com poder limitado). Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá. Pois as suas mãos estão manchadas de sangue, e os seus dedos, de culpa. Os seus lábios falam mentiras, e a sua língua murmura palavras ímpias (se diziam religiosos, mas suas atitudes eram contrárias a Palavra de Deus).
Os pecados da nação (v.4-8):
Ninguém pleiteia sua causa com justiça, ninguém faz defesa com integridade. Apoiam-se em argumentos vazios e falam mentiras; concebem maldade e geram iniquidade. Chocam ovos de cobra e tecem teias de aranha (tramavam perversidades). Quem comer seus ovos morre, e de um ovo esmagado sai uma víbora. Suas teias não servem de roupa; eles não conseguem cobrir-se com o que fazem. Suas obras são más, e atos de violência estão em suas mãos. Seus pés correm para o mal, ágeis em derramar sangue inocente. Seus pensamentos são maus (como nos tempos de Noé); ruína e destruição marcam os seus caminhos. Não conhecem o caminho da paz; não há justiça em suas veredas. Eles as transformaram em caminhos tortuosos; quem andar por eles não conhecerá a paz.
A confissão (v.9-14):
Por isso a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança (o povo admite os seus pecados). Procuramos, mas tudo são trevas; buscamos claridade, mas andamos em sombras densas. Como o cego caminhamos apalpando o muro, tateamos como quem não tem olhos. Ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite; entre os fortes somos como os mortos. Todos nós urramos como ursos; gememos como pombas.
Procuramos justiça, e nada! Buscamos livramento, mas está longe! Sim, pois são muitas as nossas transgressões diante de ti, e os nossos pecados testemunham contra nós (Isaías fala em nome de Judá). Nossas transgressões estão sempre conosco, e reconhecemos nossas iniquidades:  rebelar-nos contra o Senhor e traí-lo, deixar de seguir o nosso Deus, fomentar a opressão e a revolta, proferir as mentiras que os nossos corações conceberam. Assim a justiça retrocede, e a retidão fica a distância, pois a verdade caiu na praça e a honestidade não consegue entrar (a justiça foge para a própria segurança). Não se acha a verdade em parte alguma, e quem evita o mal é vítima de saque.
A ação de Deus (v.15-21):
Olhou o Senhor e indignou-se com a falta de justiça. Ele viu que não havia ninguém, admirou-se porque ninguém intercedeu; então o seu braço lhe trouxe livramento e a sua justiça deu-lhe apoio. Usou a justiça como couraça, pôs na cabeça o capacete da salvação; vestiu-se de vingança e envolveu-se no zelo como numa capa.
Ele retribuirá a seus inimigos pelo mal que fizeram; sua fúria cairá sobre seus adversários, e até os confins da terra lhes dará o castigo merecido. Desde o poente os homens temerão o nome do Senhor, e desde o nascente, a sua glória. Pois ele virá como uma inundação impelida pelo sopro do Senhor.
“O Redentor virá a Sião (Jerusalém), aos que em Jacó se arrependerem dos seus pecados”, declara o Senhor. “Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles”, diz o Senhor. “O meu Espírito que está em você e as minhas palavras que pus em sua boca não se afastarão dela, nem da boca dos seus filhos e dos descendentes deles, desde agora e para sempre”. (Esta profecia se cumprirá na 2a vinda de Cristo).

Não era só a nação de Judá que estava envolvida, mas toda a humanidade. A completa impotência de Judá diante de seus inimigos é apresentada como exemplo da fragilidade de toda a raça humana na luta contra o pecado e as forças do mal. Sem a intervenção divina, o ser humano não tem esperança. Portanto Cristo Se oferece como resgate por muitos e trilha o árduo caminho do conflito que o leva finalmente à cruz.

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