Certamente ainda és nosso Pai! Ainda que Abraão e Jacó nos deserdassem, continuarias, Senhor, a ser nosso Pai; és nosso Redentor desde as eras passadas. Isaías 63:16

Em Isaías 63, O Messias se revela. Fala sobre a Sua vitória sobre os inimigos, e sobre a misericórdia para com a nação de Israel. Em Sua ira justa, Ele relembra a misericórdia. O povo professa sua fé com oração e obediência.

Julgamento dos inimigos do Senhor (v.1-6):
Quem é aquele que vem de Edom (Edom representa os inimigos de Deus e de Seu povo), que vem de Bozra (cidade importante em Edom), com as roupas tingidas de vermelho? Quem é aquele que, num manto de esplendor, avança a passos largos na grandeza da sua força? “Sou eu, o Senhor, que falo com retidão, poderoso para salvar.”
Por que tuas roupas estão vermelhas, como as de quem pisa uvas no lagar (tanque de pisar as uvas)? Sozinho pisei uvas no lagar (Cristo sozinho no Getsêmani); das nações ninguém esteve comigo. Eu as pisei (os ímpios) na minha ira e na minha indignação; o sangue delas respingou na minha roupa, e eu manchei toda a minha veste. Pois o dia da vingança estava no meu coração, e chegou o ano da minha redenção, de resgatá-los de seus opressores. Olhei, e não havia ninguém para ajudar-me, mostrei assombro, e não havia ninguém para apoiar-me. Por isso o meu braço me ajudou, e a minha ira deu-me apoio. Na minha ira pisoteei as nações; na minha indignação eu as embebedei e derramei na terra o sangue delas.
Louvor pelo livramento (v.7-14):
Falarei da bondade do Senhor, dos seus gloriosos feitos, por tudo o que o Senhor fez por nós, sim, de quanto bem ele fez à nação de Israel, conforme a sua compaixão e a grandeza da sua bondade. “Sem dúvida eles são o meu povo”, disse ele; “são filhos que não vão me trair outra vez”; e assim ele se tornou o Salvador deles. Em toda a aflição do seu povo ele também se afligiu, e o anjo da sua presença os salvou. Em seu amor e em sua misericórdia ele os resgatou; foi ele que sempre os levantou e os conduziu nos dias passados. Apesar disso, eles se revoltaram e entristeceram o seu Espírito Santo. Por isso ele se tornou inimigo deles e lutou pessoalmente contra eles (apesar de Seu amor, Israel era infiel).
Então o seu povo recordou o passado, o tempo de Moisés e a sua geração: Onde está aquele que os fez passar Israel através do mar, com Moisés como o pastor do seu rebanho? Onde está aquele que entre eles pôs o seu Espírito Santo, que com o seu glorioso braço esteve à mão direita de Moisés, que dividiu as águas diante deles para alcançar renome eterno (respeitado pelas outras nações), e os conduziu através das profundezas? Eram como magníficos cavalos selvagens, correndo pelo deserto sem tropeçar; como o gado que desce à planície, foi-lhes dado descanso pelo Espírito do Senhor. Foi assim que guiaste o teu povo para fazer para ti um nome glorioso.
Súplica por misericórdia e perdão (v.15-19):
Olha dos altos céus, da tua habitação elevada, santa e gloriosa. Olha para nós! Onde estão o teu zelo e o teu poder que costumavas mostrar em nosso favor? Retiveste a tua bondade e a tua compaixão; elas já nos faltam! Entretanto, tu és o nosso Pai. Abraão não nos conhece e Israel nos ignora; ainda que Abraão e Jacó nos deserdassem, tu, Senhor, és o nosso Pai, e desde a antiguidade te chamas nosso Redentor. Por que permitistes, Senhor, que nos desviássemos de teus caminhos (escolhas do povo)? Volta, pois somos teus servos, por amor das tribos que são a tua herança! Por pouco tempo o teu povo possuiu o teu santo lugar; agora nossos inimigos o destruíram. Parece que nunca pertencemos a ti; é como se nunca tivéssemos sido teu povo.

O clamor dos judeus se baseia no fato de que tinham se rebaixado ao nível dos pagãos, que não conheciam a Deus. O Senhor permitiria que os filhos de Abraão, que O tinham reconhecido como Pai, ficassem na mesma condição daqueles que jamais O conheceram. A confissão de Isaías em favor do povo alcança a mais profunda angústia. Eles estavam profundamente humilhados com o fato de que Deus aparentemente os tivesse rejeitado, e com humildade rogam para que não sejam abandonados. Devemos sempre escolher os Seus caminhos, para não nos distanciarmos do Pai.

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