Eu te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte. Ezequiel 33:7

Em Ezequiel 33, Deus fala sobre o dever do atalaia de advertir o povo, e Ezequiel é admoestado a cumprir esse dever. Deus é justo para com os que se arrependem. Ezequiel recebe a notícia da tomada de Jerusalém e profetiza a desolação da terra. Os juízos de Deus virão sobre os que zombam dos profetas.

Ezequiel o atalaia de Israel (v.1-9):
Recebi esta palavra do Senhor: Filho do homem, diga à seu povo: “Quando eu trouxer a espada contra uma terra, esse povo deve nomear um homem para ser sentinela. Quando ele vê o inimigo, dá o sinal de alarme para advertir o povo. Se alguém ouvir a trombeta mas não der atenção à advertência e a espada vier e tirar a sua vida, este será responsável por sua própria morte, pois ouviu o aviso mas não deu atenção. Se desse atenção se livraria. Mas, se a sentinela vê o inimigo, mas não tocar a trombeta para advertir o povo ele é o responsável. Eles morrerão em seus pecados, mas a sentinela será responsável pela morte daquele homem”.
Eu fiz de você uma sentinela para Israel; por isso, ouça a minha palavra e advirta-os em meu nome. Quan­do eu disser ao ímpio que é certo que ele morrerá, e você não falar para dissuadi-lo de seus caminhos, ele morrerá por sua iniquidade, mas você será responsável pela morte dele. Mas, se você o advertir e ele não se desviar, ele morrerá por sua iniquidade, e você estará livre da sua responsabilidade.
A mensagem do atalaia (v.10-20):
Filho do homem, diga à Israel: Vocês dizem: “Nossos pecados pesam sobre nós, e estamos definhando. Como sobreviveremos?” Diga-lhes: “Tão certo como vivo”, diz o Senhor, “não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que morrer, ó Israel?”
Diga-lhes: “A retidão do justo não o livrará se ele se voltar para a desobediência, e a maldade do ímpio não o fará cair se ele se desviar dela. Se o justo pecar, não viverá por causa de sua justiça. Se eu garantir aos justos que viverão, mas eles fizerem o mal, suas ações justas não serão lembradas; morrerão pelo mal que fizeram. E, se você disser ao ímpio: Certamente morreras, mas ele se desviar do seu pecado e fizer o que é justo; devolvendo a garantia de um devedor, restituindo o que roubou, e obedecerem os decretos que dão vida e não fizer mal algum, é certo que viverá. Nenhum dos pecados que cometeu será lembrado contra ele”.
O povo diz: “O Senhor não é justo”, mas são eles os injustos. Se um justo se afastar de sua justiça e fizer o mal, morrerá. E, se um ímpio se desviar de sua maldade e fizer o que é justo, viverá. No entanto, ó Israel, você diz: “O caminho do Senhor não é justo”. Mas eu julgarei cada um de acordo com próprias escolhas.
O motivo da queda de Jerusalém (v.21-33):
No 5o dia do 10o mês (08/01) do 12o ano do nosso exílio, um homem que escapara de Jerusalém veio a mim e disse: “A cidade caiu!” Ora, na tarde do dia anterior, a mão do Senhor veio sobre mim, e restaurou a minha voz. Por isso, consegui falar quando o homem chegou na manhã seguinte.
Então veio esta palavra do Senhor: Filho do homem, o remanescente de Israel, que vive espalhado pela cidade arruinada, diz: “Abraão era um só e, contudo, possuiu a terra. Nós somos muitos; certamente a terra nos foi dada como propriedade”. Então diga-lhes: Assim diz o ­Senhor: “Uma vez que vocês comem carne com sangue, adoram ídolos e matam inocentes, como deveriam possuir a terra? Assassinos! Idólatras! Adúlteros! Acaso deveriam possuir a terra?”
Diga-lhes: “Tão certo como vivo: Os que restam nas ruínas morrerão à espada, os que vivem no campo serão devorados por animais selvagens que enviarei, e os que se abrigam em fortalezas e em cavernas morrerão de peste.  Destruirei completamente ­a terra e arrasarei o orgulho de seu poder. Os montes de Israel ficarão desolados e ninguém passará por eles. Quando eu tiver destruído totalmente a terra por causa de seus pecados detestáveis, eles saberão que eu sou o Senhor”.
Filho do homem, seu povo fala de você em suas casas e junto às portas. Dizem uns aos outros: “Venham vamos ouvir a mensagem que o profeta tem a nos dizer da parte do Senhor”. Fingem ser sinceros e se assenta para ouvir as suas palavras, mas não as põe em prática. Com a boca expressam devoção, mas o coração deles está ávido de ganhos injustos. Para eles você não é nada mais que um cantor que entoa cânticos de amor com uma bela voz e que sabe tocar um instrumento, pois eles ouvem as suas palavras, mas não as põem em prática. Quando tudo isso acontecer — e certamente acontecerá — eles saberão que um profeta esteve no meio deles”.

O povo que já estava no cativeiro, ficou preocupado com a queda total de Jerusalém, e questionaram: “Se tudo isso é punição por nossos pecados, que esperança há para nós?”. Ezequiel lhes fala que Deus não tem prazer na morte deles. O que Ele deseja é que se arrependam e vivam. Seu plano é que o castigo do cativeiro seja salutar e produza arrependimento.  Nenhuma iniquidade cometida no passado excluiria o pecador da graça presente. Também lhes diz que o fato de alguém ser descendente de Abraão não representava nenhuma vantagem, porque Deus estava interessado em qualificações de caráter. O fato de estarmos ligados a alguma denominação não nos salva, pois é o caráter semelhante ao de Cristo e o Seu sacrifício que permitirá a nossa salvação.

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA