Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor. – Jeremias 9:23-24

Em Jeremias 9, o profeta lamenta pelos múltiplos pecados do povo e pelo castigo. Fala sobre a desobediência como a causa da calamidade. Exorta para que lamentem a destruição e não confiem em si mesmos, mas em Deus. Isso vale para judeus e gentios.

O lamento de Jeremias (v.1-2):
Ah, se a minha cabeça fosse uma fonte de água (uma represa) e os meus olhos um manancial de lágrimas! Eu choraria noite e dia pelos mortos do meu povo (Jeremias é o profeta chorão). Ah, se houvesse um alojamento para mim no deserto, para que eu pudesse deixar o meu povo e afastar-me dele. São todos adúlteros (literal e espiritualmente), um bando de traidores!
Julgamento pela desobediência (v.3-16):
“A língua do Meu povo é como um arco pronto para atirar. É a falsidade, não a verdade, que prevalece nesta terra. Eles vão de um crime a outro; eles não me reconhecem”. “Cuidado com os seus amigos, não confie em seus parentes. Pois irmão engana irmão, e amigo calunia amigo. Todos trapaceiam e mentem, ninguém fala a verdade. Treinaram a língua para mentir; e, sendo perversos, se cansam demais para se converterem. De opressão em opressão, de engano em engano, eles se recusam a reconhecer-me”, declara o Senhor.
Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: Vejam, sou eu que vou refiná-los (purificá-los) e prová-los, como se faz com o metal (passarão pela fornalha da aflição). Que mais posso eu fazer pelo meu povo? A língua deles é uma flecha mortal; eles falam traiçoeiramente. Cada um mostra-se cordial com o seu próximo, mas no íntimo lhe prepara uma armadilha. Deixarei eu de castigá-los?”, pergunta o Senhor. “Não me vingarei de uma nação como essa?” 
Chorarei pelos montes e lamentarei pelas pastagens no deserto; pois estão abandonadas e ninguém mais as percorre. Não se ouve o mugir do gado; tanto as aves como os animais fugiram. “Farei de Jerusalém um amontoado de ruínas, uma habitação de chacais. Devastarei as cidades de Judá até não restar nenhum morador.” 
Quem é bastante sábio para compreen­der tudo isso? Quem foi instruído pelo Senhor, que possa explicá-lo? Por que a terra está arruinada e devastada como um deserto pelo qual ninguém passa? O Senhor disse: Foi porque abando­naram a minha lei; não quiseram obedecer as minhas instruções. Em vez disso, seguiram a dureza de seus próprios corações, e adoraram imagens de Baal, como os seus antepassados lhes ensinaram. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos: Farei este povo comer comida amarga (absinto) e beber água envenenada. Eu os espa­lharei entre nações que nem eles nem os seus antepassados conheceram; e enviarei contra eles a espada até exterminá-los.
Pranto em Jerusalém (v.17-26):
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerem: Chamem as pranteadoras profissionais (carpideiras); mandem chamar as mais hábeis entre elas. Venham elas depressa e lamentem por nós, até que os nossos olhos transbordem de lágrimas e águas corram de nossas pálpebras. O som de lamento se ouve desde Sião: “Como estamos arruinados! Como é grande a nossa humilhação! Deixamos a nossa terra porque as nossas casas estão em ru­ínas”. 
Ó mulheres, ouçam agora a palavra do Senhor; abram os ouvidos às palavras do Senhor. Ensinem suas filhas a lamentar-se; ensinem umas as outras a prantear. A morte subiu e penetrou pelas nossas janela se invadiu as nossas fortalezas, eliminando das ruas as crianças e das praças, os rapazes. “Diga: Assim declara o Senhor: “Cadáveres ficarão estirados como esterco em campo aberto, como o trigo (gavela) deixado para trás pelo ceifeiro, sem que ninguém o ajunte.” 
Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado, declara o Senhor.
“Vêm chegando o dia”, declara o Senhor, “em que­ castigarei todos, tanto os que são circuncidados apenas no corpo, como também os incircuncisos: Egito, Judá, Edom, Amom, Moabe e todos os que rapam a cabeça (igual os árabes de Quedar) e vivem no deserto; porque todas essas nações são incircuncisas, e a comuni­dade de Israel tem o coração obstinado (incircunciso).

Quem é verdadeiramente sábio atribui o louvor somente a Deus, nunca a si próprio. O conhecimento de Deus é a única base verdadeira para a glória. A pessoa é sábia de verdade apenas quando o conhecimento é entesourado no coração, pois isto é a vida eterna. O relacionamento com Deus tem uma base razoável e inteligente. Não é um discipulado cego. Ela deve servir a Deus com toda a sua mente. Esse conhecimento é prático e se manifesta em andar nos caminhos de Deus. O povo de Israel falhou nesse ponto, pois sua religiosidade era só de fachada. Os interesses mundanos suplantavam o relacionamento com Deus. Não permita que isso ocorra em sua vida.

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