Ensinai-me, e me calarei; dai-me a entender em que tenho errado.       Jó 6:24

Em Jó 6, e no capítulo 7 estão registradas as respostas de Jó aos argumentos de Elifaz. Ele disse: “Se fosse possível pesar minha aflição e pôr numa balança meu sofrimento, pesariam mais que toda a areia do mar”, por isso suas palavras foram precipitadas. A aflição é tanta que ele não contém suas palavras. Jó atribui a Deus o seu infortúnio, o que lhe causa mais sofrimento ainda, pois ele não pode entender por que Deus o trata dessa forma (v.1-4).

Jó menciona que o jumento não vai ficar zurrando junto ao pasto, nem o boi mugindo junto a forragem, ou seja, não haveria motivo para eles reclamarem. Suas palavras de lamento não são sem motivo, pois sua aflição é imensa. Ele anseia pela morte para se ver livre dos problemas que o afligem. Não consegue ver nenhuma saída para o seu caso. Faz um apelo a seus amigos para que tenham compaixão da situação que ele está vivendo (v.5-14).

Ele compara seus amigos a uma torrente de águas que é caudalosa no inverno, e no verão, quando são mais do que necessárias, elas secam. E também a caravanas que procuram pelos oásis e não os acham. Ele está desapontado por ter os seus amigos ao lado, e esperar por conforto, e receber acusações infundadas. Apesar das acusações que recebera, mas nenhuma relação a algum pecado que tivesse cometido. Jó pede que eles mostrem no que ele errou, e então ele se calaria. “Vocês se concentram em minhas palavras, pronunciadas no calor da paixão, em vez de considerarem o fato de minha conduta ser irrepreensível?” (v.15-26).

Diz que seus amigos seriam capazes até de apostar um órfão em um jogo de azar. “Olhem para mim. Acaso eu mentiria para vocês?” Sua sinceridade não pode ser posta em dúvida, mas, ao colocar demasiada confiança em seu próprio senso de valores, Jó se encontra em terreno perigoso. Só Deus é competente para estimar o valor moral e espiritual de uma pessoa (v.27-30).

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