Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano. – Salmo 143:10

O Salmo 143 é um apelo de Davi, por livramento e uma expressão de confiança no amor e na misericórdia de Deus. Ele se assemelha ao salmo 142 no espírito e no contexto. O salmo consiste em duas divisões iguais, separadas por Selá. Em cada divisão os versos são arranjados em pares.

  • Ó Senhor, ouve a minha oração, inclina os ouvidos às minhas súplicas, presta atenção no meu pedido; escuta-me segundo a tua verdade, e segundo a tua justiça. E não leve teu servo a julgamento,  porque diante de ti ninguém é inocente (v.1-2);
  • Pois meu inimigo me perseguiu; derrubou-me no chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito. Pois que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração está desolado (v.3-4);
  • Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos, ponderei sobre o teu modo de agir; medito na obra das tuas mãos. Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti, como terra sedenta, ansioso como o deserto pela chuva (Selá.) (v.5-6);
  • Ouve-me depressa, ó Senhor; apressa-te pois o meu espírito desmaia. Não escondas de mim a tua face, ou morrerei. Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque sou todo ouvidos diante de ti (v.7-8);
  • Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; és a minha unica esperança; fujo para ti, para me esconder. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana (v.9-10);
  • Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia, dá-me vida. E por tua misericórdia acaba com meus inimigos, destrói a todos os que angustiam a minha alma; pois sou teu servo (v.11-12).

Embora com frequência as Escrituras chamem o ser humano de “justo”, o salmista reconhece que, no sentido absoluto, quando comparada a Deus, nenhuma pessoa é justa. As pessoas obtêm a justiça de Cristo somente pela fé. O esforço humano nunca tornará um ser humano justo. As obras são fruto da fé; não são a raiz dela. Primeiro vem a fé, e onde houver fé verdadeira, as obras a seguirão.

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