Seguir o exemplo do evangelista por excelência

Estudai os métodos de Cristo — Se já foi indispensável compreender e seguir os corretos métodos de ensino de Cristo, bem como imitar-Lhe o exemplo, este tempo é agora. — Carta 322, 1908.

Como Ele se aproximou do povo — Se quereis aproximar-vos do povo de maneira aceitável, humilhai vosso coração diante de Deus e aprendei Seus métodos. Muito nos instruiremos para nosso trabalho, mediante o estudo dos métodos de trabalho de Cristo, bem como a maneira de Ele Se aproximar do povo. Na história do evangelho temos o relato de como Ele trabalhou em favor de todas as classes e como, ao trabalhar em cidades e vilas, milhares eram atraídos a Ele para ouvirem Seus ensinos.

As palavras do Mestre eram claras e distintas, e foram pronunciadas com simpatia e ternura. Elas eram portadoras da certeza de que eram a verdade. Foi a simplicidade e fervor com que Cristo trabalhou e falou, que atraiu a Si tantos ouvintes. O grande Professor formulou planos para Sua obra. Estudai estes planos. Encontramo-Lo viajando de um lugar para outro, seguido por multidões de ávidos ouvintes. Quando podia, retirava-os das populosas cidades e levava-os para a quietude do campo. Lá Ele orava com eles, e lhes falava das verdades eternas. — The R&H, 18/1/1912.

Nas sinagogas — à beira-mar — Cristo “percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o Evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. Ele pregava nas sinagogas porque assim podia alcançar os muitos que se reuniam lá. Então saía e ensinava à beira-mar e nas grandes estradas movimentadas. As preciosas verdades que Ele tinha a proclamar não deviam ficar limitadas às sinagogas. …Cristo poderia ter ocupado o mais elevado lugar entre os maiores mestres da nação judaica. Mas preferiu anunciar o evangelho aos pobres.

Foi de lugar a lugar, para que os dos caminhos e atalhos pudessem apreender as palavras do evangelho da verdade. Ele trabalhou da maneira que deseja que Seus obreiros o façam agora. À beira-mar, nas encostas das montanhas, nas ruas das cidades, Sua voz se fazia ouvir — ao explicar Ele os escritos do Antigo Testamento. Tão diferentes eram Suas explicações, comparando com as dos escribas e fariseus, que a atenção do povo era atraída. Ele ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas. Com clareza e poder proclamava a mensagem do evangelho. — Carta 129, 1903.

Métodos inteiramente Seus — Assistia às grandes festas anuais da nação, e falava das coisas celestes às multidões absortas nas cerimônias exteriores, trazendo a eternidade ao alcance de sua visão. Dos celeiros da sabedoria tirava tesouros para todos. Falava-lhes em linguagem tão simples, que não podiam deixar de entender. Por métodos inteiramente Seus, ajudava a todos quantos se achavam em aflição e dor. Com graça terna e cortês, ajudava a alma enferma de pecado, levando-lhe saúde e vigor.

Príncipe dos mestres, buscava acesso ao povo por meio de suas mais familiares relações. Apresentava a verdade de maneira que daí em diante ela estaria sempre entretecida no espírito de Seus ouvintes com suas mais sagradas recordações e afetos. Ensinava-os de maneira que os fazia sentir quão perfeita era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles. Suas instruções eram tão diretas, tão adequadas Suas ilustrações, Suas palavras tão cheias de simpatia e animação, que os ouvintes ficavam encantados. A simplicidade e sinceridade com que Se dirigia aos necessitados santificava cada palavra. — CBV, 22-24.

Jesus observava a fisionomia — Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e compreensivo olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia. — ED, 23.

Apelo da humanidade caída — Em cada ser humano, apesar de decaído, contemplava um filho de Deus, ou alguém que poderia ser restaurado aos privilégios de seu parentesco divino. — ED, 79.

Simplicidade, forma direta, repetição — Os ensinos de Cristo eram a própria simplicidade. Ensinava como tendo autoridade. Os judeus aguardavam o primeiro advento de Cristo e afirmavam que deveria ser com todas as ostentações de glória que deverão acompanhar Sua volta. O grande Mestre proclamou a verdade aos homens, muitos dos quais não podiam ser educados nas escolas dos rabis, nem na filosofia grega. Jesus exprimia a verdade de maneira simples, direta, dando força vital e ênfase a tudo quanto dizia. Houvesse Ele levantado a voz num tom fora do natural, como costumam fazer muitos oradores atualmente, a emoção e a melodia da voz humana se teriam perdido e muita da força da verdade seria destruída.

Em Seus discursos, Cristo não lhes apresentou muitas coisas de uma vez, para não lhes confundir a mente. Fez com que cada ponto se tornasse claro e distinto. Não menosprezava as repetições de antigas e familiares verdades proféticas, se elas servissem ao Seu propósito de inculcar as ideias. — Manuscrito 25, 1890.

Ele cativava os maiores intelectos — Conquanto as grandes verdades pronunciadas por nosso Senhor fossem apresentadas em linguagem simples, eram revestidas de tal beleza, que interessavam e cativavam os maiores intelectos. A fim de fazer uma verdadeira representação do misericordioso, terno e amável cuidado do Pai, Jesus apresentou a parábola do filho pródigo. Embora Seus filhos caiam em falta e se extraviem dEle, se se arrependerem e voltarem, Ele os receberá com a alegria manifestada por um pai terrestre, ao receber um filho há muito perdido que, arrependido, voltou para casa. — Manuscrito 132, 1902.

As crianças entendiam — A maneira de Cristo pregar a verdade não pode ser aperfeiçoada. … As palavras de vida eram apresentadas com tanta simplicidade que uma criança podia entendê-las. Os homens, as mulheres e as crianças sentiam-se tão impressionados com Sua maneira de explicar as Escrituras que adquiriam a mesma entonação de Sua voz, colocavam a mesma inflexão em suas palavras e Lhe imitavam os gestos. Os jovens Lhe apreendiam o espírito de ministério e procuravam seguir-Lhe as maneiras graciosas, esforçando-se para prestar assistência aos que viam em necessidade de auxílio. — CSS, 498-499.

Ele colocou de novo as preciosas pedras na estrutura da verdade — Em Seus ensinos, Cristo não sermonizava, como fazem os ministros atualmente. Sua tarefa era a de edificar sobre a estrutura da verdade. Ele ajuntou as preciosas pedras da verdade, de que o inimigo se havia apossado e colocado na estrutura do erro, recolocando-as na estrutura da verdade, para que todos os que recebessem a palavra fossem por ela enriquecidos. — Manuscrito 104, 1898.

Ele reforçou a mensagem — Cristo sempre estava disposto para responder ao sincero inquiridor da verdade. Quando Seus discípulos se dirigiam a Ele, pedindo explicação sobre qualquer palavra que Ele havia falado à multidão, Jesus com alegria repetia a lição. — Carta 164, 1902.

Cristo atraiu pelo amor — Cristo atraiu a Si o coração de Seus ouvintes, pela manifestação de Seu amor e então pouco a pouco, à medida que iam podendo suportar, Ele lhes desdobrava as grandes verdades do reino. Nós também devemos aprender a adaptar nossas atividades às condições do povo — para encontrar os homens onde eles se acham. Conquanto os requisitos da lei de Deus devam ser apresentados ao mundo, não obstante nunca nos devemos esquecer de que o amor, o amor de Cristo, é o único poder capaz de abrandar o coração e levá-lo à obediência. — The R&H, 25/11/1890.

Ele restringia a verdade — O grande Mestre tinha em mãos todo o esquema da verdade, mas não o desvendava inteiramente aos Seus discípulos. Revelava-lhes unicamente os temas que lhes eram necessários para o avanço na senda do Céu. Havia muitas coisas a cujo respeito Sua sabedoria O manteve sigiloso.Assim como Cristo reteve de Seus discípulos muitas coisas, sabedor que era de que então lhes seria impossível entender, também hoje retém Ele de nós muitas coisas, pois conhece a capacidade limitada de nossa compreensão. — Manuscrito 118, 1902.

Em entrevistas pessoais — A obra de Cristo compunha-se sobretudo de entrevistas pessoais. Manifestava Ele fiel consideração ao auditório de uma única pessoa; e essa única pessoa levou a milhares a compreensão recebida. — The R&H, 9/5/1899.

Nos banquetes — Quando convidado para um banquete, Cristo aceitava o convite para enquanto estivesse sentado à mesa semear no coração dos presentes a semente da verdade. Sabia Ele que a semente assim semeada brotaria e produziria frutos. Sabia que alguns dos que estavam sentados à mesa com Ele atenderiam depois ao Seu convite: “Segue-Me.” Temos o privilégio de estudar o método de ensino de Cristo, ao ir Ele de uma para outra localidade, semeando por toda parte as sementes da verdade. — Manuscrito 113, 1902.

O método de Cristo de cuidar do interesse despertado — Cristo enviava Seus discípulos dois a dois, a lugares a que Ele iria depois. — Manuscrito 19, 1910.

Era correto o método de Cristo? — A Majestade do Céu viajava de uma localidade para outra a pé, ensinando ao ar livre, nas praias e nos montes. Assim atraía a Si o povo. Somos nós maiores que nosso Senhor? Era correto o Seu método? Temos nós estado a agir nesciamente ao manter a simplicidade e a piedade? Ainda não aprendemos a lição como devêramos. Cristo declara: Tomai sobre vós o Meu jugo de sujeição e obediência, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve. — Carta 140, 1898.

Moldando e corrigindo a obra dos discípulos — A obra dos discípulos precisava ser moldada e corrigida pela mais terna disciplina, e pela comunicação a outros do conhecimento da palavra que eles mesmos haviam recebido; e Cristo lhes deu instrução especial quanto à maneira de procederem em seu trabalho. Em Sua própria vida dera-lhes um exemplo de estrita conformidade com as regras que agora lhes traçava. Não deveriam empenhar-se em discussões. Não era esse o seu trabalho. Tinham que revelar e defender a verdade no próprio caráter deles, por meio de ardente oração e meditação, revelando experiência pessoal em genuíno cristianismo. Isto estaria em flagrante contraste com a religião dos fariseus e saduceus. Deviam atrair a atenção de seus ouvintes para as verdades ainda maiores que estavam para ser reveladas. Deviam lançar a seta, e o Espírito de Deus a dirigiria ao coração. — The R&H, 1/2/1898. EGWhite, EV, p.53-59

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