Dá-me, pois, um penhor; sê o meu fiador para contigo mesmo; quem mais haverá que se possa comprometer comigo? – Jó 17:3

Em Jó 17, continuando os lamentos do capítulo 16, Jó dá sequência as suas queixas, tanto pelos infortúnios que estava enfrentando, como também por seus “amigos” que o censuravam. Jó não via saída, pois o seu “espírito se vai consumindo, os seus dias se vão apagando, e só tinha perante si a sepultura”. Estava cercado de “zombadores”. Então apela a Deus para que seja seu fiador, no litígio contra Ele mesmo, pois Deus sabia de toda a verdade, e que Jó era inocente (v.1-3).

Ele enxerga seus amigos como os que anunciam aos ladrões aonde está a presa, e tornaram-no como os que são repudiados pelos demais, chegando a levar cusparadas no rosto, e ser motivo de escárnio. Jó se tornou um mero esqueleto, exausto e emagrecido. Ele se sente injustiçado, mas que segue o seu caminho, mesmo diante de tantas adversidades. “Quanto a vocês, voltem com um argumento melhor; ainda assim não encontrarei sábio algum em seu meio” (v.4-10).

Seus propósitos e aspirações perderam o objetivo: “Meus dias chegaram ao fim e minhas esperanças se foram; os desejos de meu coração não se realizaram.” Já a sepultura o aguarda, bem como os vermes que consumirão o que sobrou de seu corpo. “Onde está a minha esperança?” (v.11-16).

Seus amigos lhe falaram de esperança, mas a sepultura estava mais próxima do que a esperança. O discurso de Jó termina com uma nota de completo desespero. A sepultura parece ser sua única esperança. Devemos depositar toda a nossa esperança em Deus, mesmo que a sepultura seja a única opção diante de nossos olhos.

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