Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Zacarias 9:9
Cristo estava seguindo o costume judaico nas entradas reais. O animal que montava era o mesmo cavalgado pelos reis de Israel, e a profecia predissera que assim viria o Messias a Seu reino. Logo que Ele Se sentou no jumentinho, um grande grito de triunfo ecoou pelos ares. A multidão aclamou-O como o Messias, seu Rei. Jesus aceitou agora a homenagem que nunca antes permitira, e os discípulos consideraram isso como prova de que suas alegres esperanças se realizariam, vendo-O estabelecido no trono. O povo ficou convencido de aproximar-se a hora de sua emancipação. Em pensamento, viram os exércitos romanos expulsos de Jerusalém, e Israel mais uma vez nação independente. Todos estavam contentes e animados. Disputavam entre si o render-Lhe honras. Não podiam exibir pompas e esplendores, mas prestaram-Lhe o culto de corações felizes. Eles não podiam Lhe dar presentes caros, mas estendiam as vestes exteriores como um tapete em Seu caminho e também espalhavam ramos de oliveira e palmas por onde devia passar. Não podiam abrir o cortejo triunfal com bandeiras reais, mas cortavam ramos de palmeira, os emblemas de vitória da natureza, e os agitavam no ar com altas aclamações e hosanas.
À medida que avançavam, a multidão aumentava com a chegada dos que tinham ouvido da vinda de Jesus e se apressavam a tomar parte naquela marcha. […] Todos tinham ouvido falar de Jesus e esperavam que Ele fosse a Jerusalém; mas sabiam que até então Ele Se esquivara a qualquer esforço para O colocar no trono e ficavam muito surpreendidos de saber que este era Ele. Cogitavam sobre o que teria operado essa grande mudança nAquele que dissera que Seu reino não era deste mundo. (…)
Em Sua vida terrestre, Jesus ainda não tinha permitido essa demonstração. Previa claramente o resultado. Isso o levaria à cruz. […] Desse modo, era preciso que os olhos de todo o povo fossem dirigidos a Ele. Os acontecimentos que precederam Seu grande sacrifício deviam ser de molde a chamar a atenção para o próprio sacrifício. Depois de uma demonstração como a que acompanhou Sua entrada em Jerusalém, todos os olhos Lhe seguiram a rápida marcha para a cena final (O Desejado de Todas as Nações, p. 570, 571).