Decretem um jejum santo; convoquem uma assembléia sagrada. Reúnam as autoridade se todos os habitantes do país no templo do Senhor, o seu Deus, e clamem ao Senhor. – Joel 1:14

Em Joel 1, o profeta declara os diversos juízos de Deus e exorta o povo a observá-los com atenção, e a se lamentar. Também conclama um jejum de lamentação.

O ataque dos gafanhotos (v.1-7):
Palavra do Senhor que veio a Joel (o Senhor é Deus), filho de Petuel. Ouçam isto, anciãos e todos os habitantes do país. Já aconteceu algo assim nos seus dias, ou dos seus antepassados? Contem aos seus filhos o que aconteceu, e as gerações seguintes. Depois que os gafanhotos cortadores devoraram as colheitas, os gafanhotos migradores comeram o que restava; então vieram os gafanhotos saltadores e, depois deles, os gafanhotos destruidores.
O profeta Joel garante que suas palavras são inspiradas pelo Senhor. A calamidade era algo novo na memória das pessoas. Era algo a ser contado às futuras gerações. Através das pragas Joel sublinha a importância incomum de sua mensagem. Talvez fosse uma ilustração para falar sobre a devastação provocada por exércitos hostis.
Despertem e chorem, bêbados, bebedores de vinho! As uvas estão arruinadas, e seu vinho doce acabou. Uma nação, imensa e poderosa, invadiu a minha terra, seus dentes são dentes de leão, suas presas são de leoa. Arrasou as minhas videiras e arruinou as minhas figueiras. Arrancou-lhes a casca e derrubou-as, deixando brancos os seus galhos.
Devastação total (v.8-12):
Pranteiem como uma virgem em vestes de luto que se lamenta pelo noivo da sua mocidade. As ofertas de cereal e as ofertas derramadas foram eliminadas do templo do Senhor. Os sacerdotes, que ministram diante do Senhor, estão de luto. Os campos estão arruinados, a terra está seca; o trigo está destruído, o vinho novo acabou, o azeite está em falta.
Uma parte dessas ofertas era para o sustento dos sacerdotes, mas agora não sobraria nada para eles. É como se a terra estivesse de luto, não produzindo mais nada.
Desesperem-se, agricultores, chorem, produtores de vinho; fiquem aflitos pelo trigo e pela cevada, porque a colheita foi destruída. A vinha está seca, e a figueira murchou; a romãzeira, a palmeira, a macieira e todas as árvores do campo secaram. Secou-se, mais ainda, a alegria dos homens.
Estes efeitos devastadores são muito semelhantes  aos efeitos da quarta das sete últimas pragas (Apoc.16:8-9)
Arrependam-se e busquem ao Senhor (v.13-20):
Ponham vestes de luto, ó sacerdotes, e pranteiem; chorem alto, vocês que ministram perante o altar. Passem a noite vestidos de luto, vocês que ministram perante Deus; pois não há cereal nem vinho para oferecer no templo. Decretem um jejum santo; convoquem uma assembleia sagrada. Reúnam os líderes e todos os que habitam na terra para o templo do Senhor, e clamem a Ele. O dia do Senhor está próximo; como destruição poderosa da parte do Todo-poderoso, ele virá.
Joel está falando sobre os juízos iminentes sobre Judá, mas também se aplicam ao dia do julgamento final que virá sobre o mundo.
Nosso alimento desaparece diante dos olhos, já não há alegria na casa de nosso Deus. As sementes estão murchas debaixo dos torrões de terra. Os celeiros estão em ruínas, os depósitos de cereal foram derrubados, pois a colheita se perdeu. Como muge o gado com fome! As manadas andam agitadas porque não têm pasto; os rebanhos de ovelhas sofrem.
A ti, Senhor, eu clamo, pois o fogo devorou as pastagens e as chamas consumiram todas as árvores do campo. Até os animais do campo clamam a ti, pois os canais de água se secaram e o fogo devorou as pastagens.

O profeta Joel tenta despertar no povo o sentimento da brevidade das calamidades apresentadas, de modo figurativo, ou não, como gafanhotos destruindo tudo que encontram pela frente. Com isso esperava que todos se voltassem para Deus e clamassem por Seu socorro, mas o povo continuou indiferente. Joel foi mais um dos muitos profetas que Deus chamou para despertar o povo. Mas, assim como os demais, seus apelos foram em vão.

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