E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Joel 2:28

Em Joel 2, o Senhor fala sobre os gafanhotos que vão destruir as plantações, chama o povo ao arrependimento, promete restauração e o derramamento de Seu Espírito.

A invasão dos gafanhotos (v.1-11):
Toquem a trombeta em Sião; dêem o alarme no meu santo monte. Tremam de medo, pois o dia do Senhor está chegando. É dia de trevas e escuridão, de nuvens e negridão. Assim como a luz da aurora se estende pelos montes, um grande e poderoso exército se aproxima, como nunca antes se viu nem jamais se verá nas gerações futuras.
O grande dia do Senhor se apressar em ritmo acelerado, virão tempos de provação, cabe ao povo de Deus despertar da letargia espiritual e buscar o arrependimento e a humilhação. Enquanto o dia da graça perdura, é hora de buscar um profundo arrependimento para purificar a alma de toda imundície e permitir que a graça opere plenamente no coração.
Diante deles o fogo devora, atrás deles arde uma chama. Diante deles a terra é como o jardim do Éden, atrás deles, um deserto arrasado; nada lhes escapa. Parecem cavalos; atacam como cavalos de guerra. Com um barulho semelhante ao de carros saltam sobre os cumes dos montes, como um fogo crepitante que consome o restolho, como um exército poderoso em posição de combate.
Diante deles povos se contorcem angustiados; todos os rostos ficam pálidos de medo. Eles atacam como guerreiros; escalam muralhas como soldados. Marcham em linha, sem desviar-se do curso. Não empurram uns aos outros; cada um marcha sempre em frente. Avançam por entre os dardos sem desfazer a formação. Lançam-se sobre a cidade; correm ao longo da muralha. Sobem nas casas; como ladrões entram pelas janelas.
Diante deles a terra treme, os céus estremecem, o sol e a lua escurecem e as estrelas param de brilhar. O Senhor levanta a sua voz à frente do seu grande exército. Como são poderosos os que obedecem à sua ordem! Como é grande o dia do Senhor! Como será terrível! Quem poderá suportá-lo?
Jesus utiliza este texto de Joel, sobre o sol e a lua, para falar dos fenômenos físicos que se manifestarão no Dia do Senhor (Mateus 24:29-30).
Chamado ao arrependimento (v.12-17):
“Agora, porém”, declara o Senhor, “voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto. Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, pois ele é misericordioso e compassivo, paciente e cheio de amor. Quem sabe ele mude de ideia e lhes envie bênção em lugar desse castigo. Talvez possam apresentar ofertas de cereal e vinho ao Senhor como faziam antes”.
Apenas o arrependimento genuíno poderia evitar os ameaçadores castigos. Deveriam rasgar o coração para demonstrar um sincero arrependimento, e não apenas as roupas.
Toquem a trombeta em Sião! Convoquem um jejum, reúnam o povo para uma reunião solene, dos bebês até os anciãos. Chamem os recém-casados de seus aposentos. Que os sacerdotes, que ministram perante o Senhor, chorem entre o pórtico do templo e o altar, orando: “Poupa o teu povo, Senhor. Não permitas que a Tua herança seja objeto de zombaria entre as nações. Por que diriam: “Onde está o seu Deus?”
 O Senhor promete restauração (v.18-27):
Então o Senhor teve compaixão de seu povo, e com zelo os guardou. O Senhor respondeu: “Estou lhes enviando trigo, vinho novo e azeite, o bastante para satisfazê-los plenamente; nunca mais farei de vocês objeto de zombaria para as nações. Levarei o invasor que vem do norte para longe de vocês, para uma terra seca e estéril, a vanguarda para o mar oriental e a retaguarda para o mar ocidental. E a sua podridão subirá; o seu mau cheiro se espalhará”.
Ele tem feito coisas grandiosas! Não tenham medo; regozijem-se e alegrem-se. O Senhor tem feito coisas grandiosas! Não tenham medo, animais do campo, pois as pastagens estão ficando verdes. As árvores estão dando os seus frutos; a figueira e a videira estão carregadas. Alegrem-se, habitantes de Sião! Exultem no Senhor, seu Deus! Pois ele envia as chuvas na medida certa: as chuvas de outono voltarão a cair, e também as de primavera. As eiras ficarão cheias de trigo; os tonéis transbordarão de vinho novo e de azeite.
Vou compensá-los pelos anos de colheitas que os gafanhotos destruíram: o gafanhoto peregrino, o devastador, o devorador e o cortador, o meu grande exército que enviei contra vocês. Vocês comerão até ficarem satisfeitos, e louvarão o nome do Senhor, o seu Deus, que fez maravilhas em favor de vocês; nunca mais o meu povo será humilhado. Então vocês saberão que eu estou no meio de Israel. Eu sou o Senhor, o seu Deus, e não há nenhum outro.
O Senhor promete o Seu espírito (v.28-32):
E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias. Mostrarei maravilhas no céu e na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça. O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor. E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, pois, conforme prometeu o Senhor, no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento para os remanescentes, aqueles a quem o Senhor chamar.
O derramamento do Espírito do Senhor teve, no Pentecostes, um cumprimento parcial da previsão de Joel, que “atingirá seu pleno cumprimento na manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do evangelho.” EGWhite, O Grande Conflito.

Os versículos 18-32 constituem a resposta misericordiosa de Deus ao apelo urgente dos sacerdotes, caso isso ocorresse, pois as promessas eram condicionais. Mas, os israelitas nunca responderam ao apelo de Joel de todo o coração.

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