Há poder em minhas mãos para vos fazer mal, mas o Deus de vosso pai me disse: Guarda-te, não fales a Jacó nem bem nem mal.” – Gênesis 31:29
Jacó foge de Labão (v.1-21):
Em Gêneses 31, após Jacó ouvir seus cunhados falando que ele havia “enriquecido as custas do sogro Labão” e que a atitude de Labão já não era a mesma de antes, ouviu do Senhor: “Volte para a terra de seus pais, e eu estarei com você”.
Conversou com Raquel e Lia, fez uma retrospectiva de como fora enganado pelo sogro nesses 20 anos de trabalho, e tendo o salário mudando 10 vezes nos 6 últimos anos, e que as posses que tinha hoje eram pela intervenção direta de Deus, orientando-o por sonho a, na época do acasalamento do rebanho fazer varas e descascá-las, colocando-as junto ao bebedouro nessa ocasião. Foi orientado pelo Anjo de Deus que disse: “Veja que os machos que fecundam o rebanho têm listras, são salpicados e malhados, porque tenho visto o que Labão lhe fez”.
Raquel e Lia também se sentiam desprezadas pelo pai: “Não temos parte na herança de nosso pai. Nos trata como estrangeiras. Nos vendeu e gastou tudo o que foi pago por nós. Então decidiram juntar suas coisas e partir com todos os seus pertences e rebanhos acumulados em Padã-Arã, para Canaã Aproveitaram que Labão tosquiava suas ovelhas, e ia comemorar com uma grande festa. Raquel roubou os ídolos de Labão. Atravessou o Eufrates, e foram para os montes de Gileade. Jacó sabia que Labão ficaria vários dias ausente devido a tosquia das ovelhas e a festa que eram comum nessa época.
Labão alcança Jacó (v.22-42):
Labão soube que Jacó tinha partido, mas antes participou das festividades, para depois tomar os homens de sua família, e perseguir. Por 7 dias, e cerca de 450 km, até alcançar Jacó nos montes de Gileade. Antes de Labão chegar a Jacó, Deus veio em sonho a Labão e o advertiu: “Cuidado! Não diga nada a Jacó, deixe-o em paz”.
Quando Labão alcançou a Jacó, perguntou-lhe: “Você me enganou e raptou minhas filhas. Por que fugiu sem avisar-me? Não pude nem me despedir de minhas filhas e netos. Poderia prejudicá-los; mas, o Deus de seu pai me advertiu: “Cuidado! Não faça nada a Jacó”. Por que roubou meus deuses?”
Jacó disse ter receio de que Labão “tiraria suas filhas de mim”. Quanto aos ídolos, autorizou Labão a revistar todos o acampamento, e quem estivesse em poder dos mesmos, seria morto, mas, ele não sabia que Raquel os havia roubado.
Labão revistou as tendas e nada encontrou. Raquel tinha colocado os ídolos dentro da sela do seu camelo e estava sentada em cima. Quando Labão veio vasculhar sua tenda, ela disse ao pai: “Estou com o fluxo das mulheres”.
Jacó ficou irado e queixou-se: “Encontrou algo que lhe pertença? Estive com você por 20 anos. Sempre assumi o prejuízo por animal morto pelas feras. Trabalhei 14 anos pelas suas duas filhas e 6 anos por seus rebanhos, e 10 vezes você alterou o meu salário. Se o Deus de meu pai não estivesse comigo, certamente você me despediria de mãos vazias”.
O acordo entre Labão e Jacó (v.43-55):
Labão disse: “Façamos um acordo que sirva de testemunho entre nós”. Jacó tomou uma pedra e a colocou como coluna e os demais apanharam pedras e as amontoaram. Depois comeram ao lado do monte de pedras. Jacó chamou o local de Galeede (Pedras por Testemunho).
Labão disse: “Estas pedras são testemunhas entre nós hoje – Gallede”. Foi também chamado Mispá (Torre de Vigia). Labão declarou: “Que o Senhor nos vigie. Se você maltratar minhas filhas ou tomar outras mulheres, lembre-se de que Deus é testemunha entre mim e você. Aqui estão este monte de pedras entre nós. Não te prejudicarei, nem você me prejudicará”. Labão invocou Yahweh para proteger suas filhas, mas não é evidência de que ele tenha aceitado a Deus.
“Que o Deus de Abraão, e de Naor, julgue entre nós”. Jacó jurou em nome de Deus, e ofereceu um sacrifício no monte. Após a refeição, todos pernoitaram ali. Na manhã seguinte, Labão voltou para a sua terra e Jacó seguiu sua viagem.
