Como os preciosos filhos de Sião, que antes valiam seu peso em ouro, hoje são considerados como vasos de barro, obra das mãos de um oleiro! Lamentações 4:2

Em Lamentações 4, Jeremias apresenta o choro de Sião por seu lamentável estado e confessa os pecados. Edom é ameaçada e Sião é confortada.

A ira do Senhor (v.1-6):
Como o ouro perdeu o brilho e ficou embaçado! As pedras sagradas estão espalhadas pelas esquinas das ruas. Como os preciosos filhos de Sião, que valiam seu peso em ouro, hoje são considerados como vasos de barro, obra das mãos de um oleiro qualquer! Até os chacais oferecem o peito para amamentar os seus filhotes, mas o meu povo não tem mais coração; é como as avestruzes do deserto que ignoram o clamor dos filhos.
De tanta sede, a língua dos bebês gruda no céu da boca; as crianças imploram pelo pão, mas ninguém as atende. Aqueles que comiam comidas finas agora morrem de fome  nas ruas. Os que se adornavam de púrpura hoje reviram os montes de lixo. A punição do meu povo é maior que a de Sodoma, que foi destruída num instantes sem que ninguém a socorresse.
Mudança extrema (v.7-16):
Seus príncipes eram mais brilhantes que a neve, mais brancos do que o leite; e tinham a pele mais rosada que rubis; e sua aparência lembrava safiras. Mas agora estão mais negros do que o carvão; ninguém os reconhece. Sua pele enrugou-se sobre os seus ossos; agora parecem madeira seca. Os que foram mortos à espada estão melhor do que os que morreram de fome, os quais, tendo sido torturados pela fome, definham pela falta de produção das lavouras.
Mulheres bondosas cozinharam seus próprios filhos. Elas os comeram para sobreviver ao cerco. O Senhor deu vazão total à sua ira; derramou a sua grande fúria. Ele acendeu em Sião um fogo que consumiu até os seus alicerces. Os reis da terra e os povos de todo o mundo não acreditavam que os inimigos e os adversários pudessem entrar pelas portas de Jerusalém.
Dentro da cidade foi derramado o sangue dos justos, por causa do pecado dos seus profetas e das maldades dos seus sacerdotes. Hoje eles tateiam pelas ruas como cegos, e tão sujos de sangue estão, que ninguém ousa tocar em suas vestes. “Afastem-se!”, gritam para eles. “Estão contaminados! Afastem-se! Não nos toquem!” Quando eles fogem e andam errantes, os povos das outras nações dizem: “Aqui não podem habitar”. O próprio Senhor os espalhou; ele já não cuida deles. Ninguém honra os sacerdotes nem respeita os líderes.
Cansados de esperar (v.17-22):
Esperamos em vão por nossos aliados. Buscamos a ajuda de nações incapazes de nos livrar. Cada passo nosso era vigiado; nem podíamos caminhar por nossas ruas. Nosso fim estava próximo, nossos dias estavam contados. Nossos perseguidores eram mais velozes que as águias nos céus; perseguiam-nos por sobre as montanhas, ficavam de tocaia contra nós no deserto.
Nosso rei, o ungido do Senhor, foi capturado em suas armadilhas. Pensávamos que sua sombra nos protegeria de qualquer nação da terra! Alegre-se e exulte, ó terra de Edom, você que vive na terra de Uz. Mas você também beberá o cálice: será embriagada e as suas roupas serão arrancadas. Ó cidade de Sião, o seu castigo terminará; o Senhor não prolongará o seu exílio. Mas você, ó terra de Edom, ele punirá o seu pecado e porá à mostra a sua perversidade.

O que parecia impossível aconteceu. A inexpugnável Jerusalém, menina dos olhos do Senhor, agora estava sob o domínio de outras nações, que destruíram tudo. O cerco à cidade fez com que muitos perecessem de fome. Até os filhos eles cozinharam para tentar saciar a fome. A que ponto chegaram permitindo que os falsos sacerdotes e profetas os desviassem do caminho do Senhor. Deus se esqueceu dela e permitiu que fosse derrotada e levada para o exílio. A obediência á Sua Palavra faz toda a diferença.

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