MARCOS 5 – A CURA DO ENDEMONINHADO

Não tenha medo. Apenas creia. Marcos 5:36

Em Marcos 5, Jesus expulsa uma legião de demônios que dominavam uma pessoa que vivia nos cemitérios da cidade. Eles pedem autorização para entrarem nos porcos, e estes se atiram no mar. Os moradores expulsam Jesus, que parte para o outro lado do mar. Lá ele cura uma mulher que tinha um fluxo há 12 anos, e ressuscita uma menina de 12 anos, filha de Jairo, um dos líderes da sinagoga.

A cura do endemoninhado geraseno (v.1-14):

Jesus e os discípulos chegaram à outra margem do mar (lago da Galiléia), à terra dos gerasenos (ou gadarenos, da cidade de Gadara, ao Norte da Jordânia). Ao desembarcar, logo um homem possuído de espírito imundo veio dos túmulos ao encontro de Jesus (Mateus 8:28 fala em dois homens). Esse homem vivia nos túmulos, e ninguém podia prendê-lo, nem mesmo com correntes. Porque, tendo sido muitas vezes preso com correntes e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e as correntes foram despedaçadas. E ninguém conseguia dominá-lo.

Andava sempre, de noite e de dia, gritando por entre os túmulos e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando, de longe, viu Jesus, correu e prostrou-se diante dele, gritando em alta voz: “O que você quer comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Por Deus, peço-lhe que não me atormente (estava desafiando Jesus)!” Ele disse isto, porque Jesus tinha dito a ele: “Espírito imundo, saia desse homem!” Então Jesus lhe perguntou: “Qual é o seu nome?” Ele respondeu: “Legião é o meu nome, porque somos muitos (uma legião romana era composta de 6.000 soldados de infantaria e 700 de cavalaria).”

E pediu-lhe com insistência que não os mandasse para fora do país. Ora, uma grande manada de porcos estava pastando ali pelo monte. E os espíritos imundos pediram a Jesus: “Mande-nos para os porcos, para que entremos neles.” E Jesus o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos. E a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram. Os que tratavam dos porcos fugiram e foram anunciá-lo na cidade e pelos campos.

Os gerasenos rejeitam a Jesus (v.15-20):

Então o povo saiu para ver o que acontecera. Aproximando-se de Jesus, viram o endemoniado, o que antes estava dominado pela legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram. Os que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoniado e também falaram a respeito dos porcos. E pediram com insistência que Jesus se retirasse da terra deles.

Quando Jesus estava entrando no barco, aquele que antes estava possuído pelos demônios pediu com insistência que Jesus o deixasse ficar com ele. Jesus, porém, não o permitiu; ao contrário, ordenou-lhe: “Vá para a sua casa, para os seus parentes, e conte-lhes tudo o que o Senhor fez por você e como teve compaixão de você.” Então ele foi e começou a proclamar em Decápolis (várias cidades próximas) tudo o que Jesus lhe tinha feito; e todos se admiravam.

O pedido de Jairo (v.21-24):

Tendo Jesus voltado de barco para o outro lado, reuniu-se em volta dele uma grande multidão; e ele estava junto do mar. Então chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos pés de Jesus e lhe pediu com insistência: “Minha filhinha está morrendo; venha impor as mãos sobre ela, para que seja salva e viva.” Jesus foi com ele.

A cura de uma mulher enferma (v.25-34):

Uma grande multidão seguia Jesus, apertando-o de todos os lados.
Estava ali certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia. Ela havia padecido muito nas mãos de vários médicos e gastado tudo o que tinha, sem, contudo, melhorar de saúde; pelo contrário, piorava cada vez mais. Tendo ouvido a fama de Jesus, a mulher chegou por trás, no meio da multidão, e tocou na capa dele. Porque dizia: “Se eu apenas tocar na roupa dele, ficarei curada.” E logo a hemorragia estancou, e ela sentiu no corpo que estava curada daquele mal.

Jesus, reconhecendo imediatamente que dele havia saído poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” (Jesus percebeu que algo diferente havia ocorrido) Os discípulos responderam: “O senhor está vendo que a multidão o aperta e ainda pergunta: “Quem me tocou?” Ele, porém, olhava ao redor para ver quem tinha feito aquilo (Jesus queria que a pessoa beneficiada com a cura desse seu testemunho, para que outros pudessem ter a mesma fé que ela).
Então a mulher, amedrontada e trêmula, ciente do que lhe havia acontecido, veio, prostrou-se diante de Jesus e declarou-lhe toda a verdade. Então Jesus lhe disse: “Filha, a sua fé salvou você. Vá em paz e fique livre desse mal.”

A ressurreição da filha de Jairo (v.35-43):

Enquanto Jesus ainda falava, chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, dizendo: “A sua filha já morreu; por que você ainda incomoda o Mestre?” Mas Jesus, sem levar em conta tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: “Não tenha medo; apenas creia!” Jesus não permitiu que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro e os irmãos Tiago e João.

Chegando à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu o alvoroço, os que choravam e os que pranteavam muito. Ao entrar, disse: “Por que vocês estão alvoroçados e chorando? A criança não está morta, mas dorme.”
E riam-se dele. Mas Jesus, mandando que todos saíssem, levou consigo o pai e a mãe da criança e os que vieram com ele e entrou onde ela estava.
Tomando a criança pela mão, disse: “Talitá cumi! — que quer dizer: Menina, eu digo a você: Levante-se!” Imediatamente a menina, que tinha doze anos, se levantou e começou a andar. Então todos ficaram muito admirados. Mas Jesus ordenou-lhes expressamente que ninguém o soubesse. E mandou que dessem de comer à menina.

Jesus não se intimidava por nenhuma ameaça, pois ele sabia que Deus sempre estava com ele. Libertou os endemoninhados gadarenos, mas, pelo prejuizo que eles tiveram com relação aos porcos, o expulsaram da cidade. Atravessando o mar novamente, ele cura uma mulher com fluxo, desenganada pelos médicos, e também ressuscita a filha de Jairo. Não existe a palavra “impossível” no dicionário de Jesus. E nós temos que crer no Seu poder: “Tudo posso nAquele que me fortalece” Filipenses 4:13.