Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes. Romanos 12:12

Recomendada por Paulo, presente na lista de virtudes que formam o fruto do Espírito (Gl 5:22, 23), característica distintiva dos fiéis nos últimos dias (Ap 14:12), a paciência é tudo de bom, menos uma virtude fácil de ser cultivada. No entanto, grandes heróis da fé tiveram-na como qualidade realçada ao longo da vida. Assim foi com Moisés, Jó, as personalidades cuja experiência é descrita em Hebreus 11, entre outros.

A limitação da natureza humana explica nossa dificuldade com essa disciplina da fé. Especialmente nestes dias de tanta velocidade, em que o acesso ao que desejamos obter, ver ou sentir é instantâneo. Queremos respostas em tempo real para nossas indagações. Saídas rápidas para os dilemas e o sofrimento que nos inquietam. Mas precisamos ser pacientes.

É significativo que Paulo coloque a paciência junto à esperança e à oração perseverante. Primeiramente, porque temores, amarguras, tristezas e dúvidas não resistem à esperança. Ela é maior do que tudo isso. Diante dos becos aparentemente sem saída que encontramos em nossa caminhada, não há nada melhor do que manter a esperança de que Deus está conosco, desenvolvendo em nós um caráter cada vez mais confiante em Sua amorável providência. A esperança mantida durante as provas de agora nos leva a maior apego à bendita esperança da vinda de Jesus, quando todos os males deixarão de existir.

Não resistindo à esperança, “a dor, desmancha-prazeres da vida, jamais convidada, sempre intrusa, com seu abraço de espinhos secos e sua dureza de rochas mortas, somente cede à paciência. Simples como uma pétala, persistente como a água, quieta e silenciosa como um sono sem inquietude, forte como a resistência metálica, a paciência nunca perde. Controla a dor, acalma a angústia. Vence” (Mario Veloso, Romanos, p. 214).

Esperança e paciência resultam da oração perseverante, essa comunhão ininterrupta que mantemos com Deus, que tudo pode. Comunhão que nos faz desejá-Lo sempre mais e acima de tudo, submete-nos à supremacia da vontade Dele e nos leva à prazerosa aceitação de Seus planos.

Caso este dia lhe reserve obstáculos incomuns, não se desespere. Seja protagonista da realidade expressada pelo profeta: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti. Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna” (Is 26:3, 4).

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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