Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é. 1 João 3:2

Esse é um dos textos mais preciosos das Escrituras! Se temos consciência da real condição em que nos encontrávamos antes de irmos a Jesus Cristo, encontramos Nele motivos para incontida alegria e gratidão. O convite a essa atitude parece estar implícito no verso anterior: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.” Nos relacionamentos humanos, nenhum filho toma a iniciativa de ser achado nessa condição. De igual modo, a iniciativa de nos tornar filhos de Deus não é nossa, mas Dele. O novo nascimento é ação divina, por meio de Sua graça. Não se trata de ação humana. Assim, não podemos promover nosso novo nascimento nem nossa adoção como filhos de Deus. O relacionamento entre pais e filhos é caracterizado pelo amor e pela dependência. Amor do pai, que aceita, protege e provê, e dependência do filho, que se entrega e se submete, muito natural e espontaneamente, por amor e com amor.

O apóstolo deixa claro que, desde que esse relacionamento continue se desenvolvendo sobre o fundamento do amor, de modo cada vez mais sólido e próximo, podemos viver com segurança no presente. Dessa maneira, é impossível ao filho renascido viver em uma condição permanente de rebelião contra o Pai (1Jo 3:4, 6, 9), algo que os filhos das trevas não podem entender, porque não O conhecem (v. 1). Contudo, nós escolhemos viver o privilégio de conhecê-Lo, andar com Ele em todos os caminhos, nas pegadas de Jesus Cristo.

A presente segurança de sermos filhos de Deus projeta a certeza de nosso futuro. Alguém já lembrou que o presente é profeta do futuro, a criança é protótipo do adulto, e o botão, nascedouro da flor. Assim, é-nos dada a certeza de que “ainda não se manifestou o que haveremos de ser”, mas, “seremos semelhantes” a Deus. Estamos crescendo rumo “à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4:13, NVI). Isso significa chegar a ser participantes da natureza do Pai, assim como o Filho. Reconhecemos que ainda estamos aquém, mas estamos progredindo passo a passo até a eternidade. Pela graça de Deus, chegaremos lá, “quando Ele Se manifestar”!

Ainda não sabemos “o que haveremos de ser”, em sua plenitude. Não importa que não saibamos; o mais importante é manter viva a esperança em Jesus. Não se desespere consigo mesmo. Cristo completará Sua obra em nós, então “seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é”.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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