Eu, Eu mesmo, sou O que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro. Isaías 43:25

Parece que algumas pessoas têm uma forma no mínimo estranha de tratar o pecado. Primeiramente, são apanhadas em suas armadilhas e se tornam vítimas dele. Depois, mesmo tendo sido assegurado a elas o perdão, torturam-se com a lembrança da ofensa causada a Deus ou ao semelhante. Infelizmente, também existem pessoas que contribuem para essa condição, insistindo em tratar o transgressor perdoado conforme o pecado cometido. Não importa quanto tempo tenha passado, nenhuma referência a ele é feita sem que esteja acompanhada do estigma “caído” na lembrança ou em sutis comentários.

Para alguns, o texto de hoje é como uma joia cintilante do perdão, realçada sobre o fundo preto do mostruário das lembranças acusadoras. No livro Passaporte Para a Vida, Alejandro Bullón afirma: “A culpa torna você um ser solitário, escondido dentro de seus próprios pesadelos, condenado por si mesmo a perambular no cárcere dos seus próprios fantasmas. Em outros casos, o transforma num ser agressivo, incapaz de fazer amigos, egoísta, orgulhoso apenas para disfarçar e ocultar a criança tímida e amedrontada que tenta esconder-se no seu mundo interior” (p. 61).

Contudo, Deus promete: “Apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro”. Inicialmente dirigida ao povo de Israel, na tentativa de reconquistá-lo em mais um de seus desvios, a garantia divina também é para mim e para você. Descansando nela, não precisamos sofrer sob as insinuações do acusador. Em Cristo, vivemos em segurança, sem hesitações. “Ao se entregar a Ele, […] será considerado justo, não importa o quanto sua vida possa ter sido pecaminosa. O caráter de Cristo substituirá seu caráter, e você será aceito diante de Deus como se não tivesse pecado” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 62).

O profeta Miqueias afirmou: “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade e Te esqueces da transgressão do restante da Tua herança? O Senhor não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq 7:18, 19). Nada existe comparável à paz advinda dessa certeza. Experimentando-a, você e eu podemos desfrutar a plenitude da vida cristã.

Errou, arrependeu-se e confessou? O perdão está garantido.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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