Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade. – Atos 5:1
O dinheiro não é necessariamente uma maldição; ele é de grande valor porque se corretamente usado, pode fazer bem na salvação de almas, em bênçãos a outros que são mais pobres do que nós mesmos. Mediante uso inadequado ou desavisado, … o dinheiro se tornará um laço para o seu possuidor. Aquele que emprega o dinheiro na satisfação do orgulho e ambição o torna uma maldição em vez de uma bênção.
O dinheiro é uma prova constante das afeições. Quem quer que adquira mais do que o suficiente para suas necessidades reais deve buscar sabedoria e graça para conhecer o próprio coração e guardá-lo diligentemente, para que não tenha necessidade imaginárias e se torne mordomos infiel, usando com prodigalidade o capital que o Senhor lhe confiou.
Quando amamos a Deus acima de tudo, as coisas temporais ocuparão seu lugar certo em nossas afeições. Se humilde e ferventemente buscarmos conhecimento e habilidade para fazermos reto uso dos bens do Senhor, receberemos sabedoria do alto. Quando o coração se inclina para suas próprias tendências e preferências, quando é acariciado o pensamento de que o dinheiro pode conferir felicidade sem o favor de Deus, então o dinheiro torna-se um tirano, governando o homem; recebe sua confiança e estima e é adorado como um deus.
Honra, verdade, retidão e justiça são sacrificados sobre seu altar. Os mandamentos da Palavra de Deus são postos de lado e os costumes e usos do mundo, ordenados pelo rei Mamom, tornam-se um poder controlador.
Se as leis dadas por Deus tivessem continuado a ser praticadas, quão diferente seria a presente condição do mundo, tanto moral, como temporal e espiritualmente. Egoísmo e exaltação próprios não seriam manifestados como agora, mas cada um manifestaria bondosa consideração pela felicidade e bem-estar de outros. … Em vez das classes mais pobres serem postas sob o tacão dos ricos, em vez de terem o cérebro de outro para pensar e planejar por eles em coisas temporais e espirituais, teriam alguma oportunidade para independência de pensamento e ação.
O senso de ser possuidor do lar próprio haveria de inspirá-los com um forte desejo de progresso. Adquiririam logo habilidade em planejar e idear por si mesmos; seus filhos seriam educados em hábitos de diligência e economia, e o intelecto seria grandemente fortalecido. Haveriam de sentir que são homens, não escravos, e seriam capazes de reconquistar em grande medida o respeito pessoal e independência moral perdidos.
Educai nosso povo para que saia das cidades para o campo, onde podem obter um pedaço de terra e estabelecer um lar para si mesmos e para os filhos. – EGW, LA, p.372-373