Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! 1 Coríntios 9:16

Algumas pessoas dizem que a pregação cristã contemporânea (e até mesmo adventista) está em crise. De fato, há muitas distrações retóricas que não levam a uma experiência profunda de conversão a Cristo. Talvez devêssemos redescobrir o real sentido da pregação de grandes oradores como Charles Spurgeon (1834-1892), conhecido como o “príncipe dos pregadores”. Em 18 de março de 1861, ele e sua igreja passaram a se congregar no recém-construído Metropolitan Tabernacle (Tabernáculo Metropolitano), em Londres, onde pregaria por mais de 30 anos.

Em uma palestra intitulada “Sermões: seu conteúdo”, Spurgeon declarou: “Os sermões devem conter ensinos reais. Sua doutrina deve ser sólida, substancial e abundante. Não subimos ao púlpito apenas para conversar. Temos instruções importantes a transmitir até o último instante e não podemos nos dar ao luxo de proferir belas palavras vazias. A gama de temas é praticamente ilimitada. Logo, não temos desculpa se nossos discursos são desgastados e sem substância. Se falamos como embaixadores de Deus, nunca deveríamos reclamar de falta de assunto, pois nossa mensagem é plena, a ponto de transbordar. O evangelho inteiro deve ser apresentado no púlpito. A fé completa, entregue aos santos, precisa ser proclamada por nós. A verdade em Jesus necessita ser declarada de forma instrutiva, para que as pessoas não apenas ouçam, mas entendam os alegres sons.”

Na mesma palestra, Spurgeon acrescentou: “De tudo que foi dito, gostaria de dizer que esta é a síntese: Meus irmãos, preguem a Cristo, sempre e cada vez mais. Ele é o evangelho completo. Sua pessoa, Seus ofícios e Sua obra devem ser um grande tema abrangente. O mundo ainda necessita ouvir sobre seu Salvador e como alcançá-Lo. […] Não somos chamados para proclamar filosofia e metafísica, mas o evangelho simples. A queda do ser humano, a necessidade de um novo nascimento, o perdão por intermédio da expiação e a salvação como resultado da fé: esses são nosso machado de guerra e nossas armas de combate.”

Spurgeon combinava elementos cognitivos e existenciais. Suas palavras de conselho ainda são muito úteis, não para que você critique outros pregadores, mas para que as leve em consideração sempre que for chamado a abrir a Palavra de Deus aos outros.                      – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018

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