Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum. – João 4:46

[Jesus] sabia, também, que o pai estabelecera, em seu espírito, condições quanto a crer em Jesus. A menos que sua petição fosse atendida, não O havia de aceitar como o Messias.
No entanto, o nobre possuía certo grau de fé; pois viera pedir aquilo que se lhe afigurava a mais preciosa de todas as bênçãos. Jesus tinha um dom ainda maior para conceder. Desejava, não somente curar a criança, mas tornar o nobre e sua casa participantes das bênçãos da salvação, e acender uma luz em Cafarnaum, que se devia tornar em breve o cenário de Seus próprios labores.
O nobre desejava conhecer mais de Cristo. Ao ouvir-Lhe posteriormente os ensinos, ele e todos os de sua casa se tornaram Seus discípulos. Sua dor foi santificada, para conversão de toda a família. Divulgaram-se as novas do milagre; e em Cafarnaum, onde tantas de Suas poderosas obras foram realizadas, foi preparado o caminho para o ministério pessoal de Cristo.
Aquele que abençoou o nobre de Cafarnaum está igualmente desejoso de nos abençoar a nós. Como o aflito pai, no entanto, somos muitas vezes levados a buscar a Jesus pelo desejo de algum bem terrestre; e da obtenção de nossas petições fazemos depender nossa confiança em Seu amor. O Salvador anela dar-nos maiores bênçãos do que Lhe pedimos; e retarda o deferimento de nossos pedidos, a fim de mostrar-nos o mal que existe em nosso coração, e nossa profunda necessidade de Sua graça. Deseja que renunciemos ao egoísmo que nos leva a buscá-Lo. Confessando nosso desamparo e necessidade, cumpre-nos confiar-nos inteiramente a Seu amor.
O nobre queria ver atendida a sua oração antes de crer; teve, porém, de aceitar a palavra de Jesus, de que seu pedido era satisfeito, e a bênção concedida. Cumpre-nos também a nós aprender esta lição. Não porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, devemos nós crer. Temos de Lhe confiar nas promessas. Quando a Ele nos chegamos com fé, toda súplica penetra o coração de Deus. Tendo pedido Suas bênçãos, devemos crer que as recebemos, e dar-Lhe graças porque as temos recebido. Então, vamos ao cumprimento de nossos deveres, certos de que a bênção terá lugar quando mais dela necessitarmos. Quando houvermos aprendido a assim fazer, saberemos que nossas orações são atendidas. Deus fará por nós “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos”, “segundo as riquezas da Sua glória” (Efésios 3:20, 16) e “segundo a operação da força do Seu poder”. Efésios 1:19. – EGW, DTN, p.198, 200

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