Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. Marcos 13:35, 36
O efeito da Segunda Guerra Mundial e a preocupação com o uso de bombas atômicas motivaram um grupo de cientistas da Universidade de Chicago a criar o que foi chamado de Relógio do Fim do Mundo. Nesse símbolo, a meia noite representa o fim do planeta.
O lançamento desse relógio foi em 1947, durante a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética. Naquela ocasião, marcava sete minutos para a meia-noite. Desde então, tem sido avançado ou retrocedido em intervalos regulares, dependendo da situação mundial. Em janeiro de 2017, foi mudado de três para dois minutos e trinta segundos; em janeiro de 2018, chegou a dois minutos para a meia-noite.
O que esse grupo de cientistas tem feito apenas amplia a mensagem profética. Afinal, Jesus já falava do fim do mundo à meia-noite, e Ellen White também disse: “A vinda de Cristo será, por assim dizer, à meia-noite” (Maranata: O Senhor Vem!, p. 53). Antes desses cientistas, Deus já tinha o próprio relógio. Que horas ele deve estar marcando?
Não conhecemos o dia nem a hora (Mt 25:13), mas podemos concluir com facilidade que, na situação em que o planeta está, ou Cristo volta logo ou o mundo vai acabar por si só. Já não é apenas um tema profético, mas uma questão evidente. Entretanto, apesar de todas as crises e tragédias, o mundo só vai terminar no momento em que o relógio de Deus indicar. “Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado” (O Grande Conflito, p. 491). Jesus precisa intervir e começar a escrever uma nova história, do ponto onde o pecado a interrompeu.
Podemos dizer que já “ouvimos os passos de um Deus que Se aproxima” (Evangelismo, p. 219), e com muito mais intensidade. O grande risco, porém, é a acomodação. É muito perigoso achar que tudo está normal e não perceber a agitação dos ventos e a força dos alertas.
Não tire os olhos do Céu nem troque a eternidade pelo que está ao redor. Hoje é o dia de preparo para nossa esperança. Amanhã pode ser muito tarde.
Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB