O apóstolo Paulo nos diz que a mensagem profética de Deus é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16). Mas nem todos aceitam e gostam da função corretora.
No outono de 1851, a comunidade observadora do sábado em Washington, New Hampshire, estava em grande tumulto. Para apaziguar a situação, Tiago e Ellen White foram até lá fazer uma conferência durante um fim de semana. No sábado, 1o de novembro, Ellen White recebeu uma visão acerca dos diversos problemas daquela congregação. Foi-lhe revelado, inclusive, o espírito extremamente crítico e belicoso de Stephen Smith (1806-1889). Vários membros se arrependeram de seus pecados e os confessaram, com exceção de Smith. Então, na tarde do domingo, a congregação em assembleia votou removê-lo do rol de membros.
Em 12 de novembro de 1851, Ellen White contou em uma carta os desafios que enfrentaram naquelas reuniões e como na segunda-feira, 3 de novembro, eles “fizeram outra reunião […], a melhor de todas; doce união e amor prevaleceram durante o encontro” (Carta 8, 1851). A partir de então, a vida de Stephen Smith foi cheia de altos e baixos. Ele chegou até mesmo a apoiar alguns movimentos dissidentes. Em algum momento da década de 1850, Ellen White lhe enviou um testemunho, descrevendo como seria sua vida se ele persistisse no rumo que estava seguindo. Contudo, Smith guardou a mensagem em um baú, sem lê-la.
Em 1885, enquanto ocorriam reuniões de reavivamento na pequena igreja de Washington, Stephen Smith confessou publicamente: “Eu recebi um testemunho direto há 28 anos. Levei-o para casa e o tranquei em meu baú, sem ler até a última quinta-feira […]. Irmãos, cada palavra do testemunho é verdadeira, e eu o aceito. Finalmente, cheguei à conclusão de que eles [os testemunhos] são todos de Deus. Se eu tivesse dado ouvidos ao que Deus enviou para mim, bem como aos outros, isso teria mudado todo o rumo da minha vida, e eu teria sido um homem muito diferente.” – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB