É possível que nenhum outro fenômeno celeste tenha despertado mais empolgação e temor do que a famosa chuva de meteoros Leônidas, em 13 de novembro de 1833. Visto em toda a América do Norte, esse evento foi causado quando a Terra cruzou a órbita do cometa Tempel-Tuttle. Pequenas chuvas de meteoros podem ser observadas todos os anos em novembro. No entanto, tempestades mais intensas costumam acontecer a cada 33 anos. Nenhuma registrada até aqui, porém, excedeu a intensidade e o significado da chuva de 1833. Conta-se que choveram mais de 100 mil meteoros por hora!
Frederick Douglass declarou: “Eu testemunhei esse espetáculo maravilhoso e fiquei pasmo. O ar parecia repleto de brilhantes mensageiros descendo do céu. Estava perto do nascer do sol quando contemplei essa cena sublime. Passou-me pela mente a sugestão de que aquele momento poderia ser um prenúncio da vinda do Filho do Homem. Então, em meu estado de espírito, eu me senti preparado para recebê-Lo como amigo e libertador. Eu havia lido que ‘as estrelas cairão do firmamento’ e, de fato, elas estavam caindo.”
Dois anos antes, na Costa Leste dos Estados Unidos, Guilherme Miller havia começado a pregar sobre a segunda vinda de Cristo e o fim do mundo por volta de 1843. A chuva de meteoros de 1833 ocorreu inesperadamente, iluminando todo o céu noturno da mesma região, convencendo a muitos de que o dia do juízo estava próximo. Embora Cristo não tenha retornado tão depressa quanto Miller acreditava, a tempestade de meteoros continua a ser um marco na interpretação profética (Ap 6:13).
Algumas pessoas questionam a relevância profética de “sinais” com causa natural e explicação científica. Da perspectiva humana, o grande terremoto de Lisboa em 1755 foi apenas mais uma vibração da crosta terrestre causada pela movimentação das placas tectônicas. De igual modo, a chuva de meteoros de 1833 foi causada apenas pelo fato de a Terra ter passado pelo caminho do cometa Tempel-Tuttle. Entretanto, da perspectiva bíblica, eventos naturais podem ser usados por Deus para despertar as pessoas e servir como precursores de Sua intervenção na história humana. Independentemente das causas, deixemos a Bíblia interpretar o significado desses sinais! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB
