E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21:4

Algumas pessoas entram sutilmente em nossa vida, roubam nossos sentimentos e então vão embora como se nada tivesse acontecido. Uma citação popular diz: “Os sentimentos não vão embora, mas as pessoas, sim.” E alguém confessou: “Meu maior erro é achar que as pessoas se importam tanto comigo quanto eu com elas.”

Annie R. Smith (1828-1855) foi uma jovem extremamente doce e talentosa. Em 1851, ela enviou o poema “Não temais, pequeno povo” para Tiago White. Ele gostou tanto da composição que, além de publicá-la na Review and Herald, também a convidou para se mudar para Rochester, Nova York, a fim de se tornar revisora do periódico. Lá ela se apaixonou pelo belo e jovem pregador John N. Andrews, que parecia corresponder a seus sentimentos, mas não se casou com ela. Em novembro de 1855, Annie voltou para West Wilton, New Hampshire, sofrendo de tuberculose. À medida que os meses se passavam e sua força diminuía gravemente, ela e a mãe passaram a conversar abertamente sobre sua morte.

Numa terça-feira de manhã, 24 de julho de 1855, Annie escreveu seu último poema:

Ó, não derrames uma lágrima no lugar onde eu dormir;
Aos vivos, não aos mortos o choro deves dirigir;
Por que lamentar pelos cansados que repousam docemente,
Livres na sepultura dos fardos e ais da vida justamente?

Annie morreu em paz dois dias depois. Em 26 de agosto de 1855, Ellen White escreveu para John N. Andrews: “Vi que o melhor que você pode fazer agora é se casar com Angeline […]. A decepção de Annie lhe custou a vida. Vi que você [John] foi imprudente no caso dela [de Annie] […]; simpatizando com ela em tudo” (Carta 1, 1855). Parece bem evidente que, embora Andrews não estivesse mais perto de Annie, a vida da moça chegou ao fim com seus sentimentos ainda ligados a ele. Por favor, nunca brinque com os sentimentos das outras pessoas, pois elas podem acabar pagando um preço alto demais!

Apesar de toda a dor emocional e do sofrimento físico, o último poema de Annie confirma que ela terminou seus dias em paz com Deus. Conforme bem expresso em alguns de seus escritos anteriores, a jovem aguardava o glorioso dia no qual Deus “enxugará dos olhos” e do coração “toda lágrima” de Seus filhos sofredores. Que bendita esperança nós temos!  Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA