Na criação, após fazer Adão e Eva, a medida que o Sol declinava lentamente na sexta-feira, e as estrelas começavam a aparecer, “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Assim Deus concluiu a sua criação dos “céus e a Terra, e todo o seu exército” (Gn 2:1). O maior dom que o Criador poderia conceder ao jovem par era o privilégio de manter relacionamento pessoal com Ele. Assim Ele lhes concedeu o sábado, dia de bênçãos, companheirismo e comunhão especiais com o Criador.

O Sábado ao longo da Bíblia

O sábado ocupa lugar central em nossa adoração a Deus. Sendo o memorial da criação, revela as razões pelas quais Deus deve ser adorado: Ele é o Criador, e nós suas criaturas. Foi para conservar essa verdade para sempre diante da raça
humana que Deus instituiu o sábado.

O sábado na criação. O sábado teve sua origem em um mundo sem pecado. É
um dom especial de Deus, que habilita a raça humana a experimentar aqui na
Terra a realidade do Céu. Três atos divinos distintos estabeleceram o sábado:

1. Deus descansou no sábado. No sétimo dia, Deus “descansou, e tomou alento” (Êx 31:17), embora não houvesse repousado face à necessidade de fazê-lo (Is 40:28). O verbo descansar (shabbath) significa literalmente “cessar os labores ou atividades” (Gn 8:22). O descanso de Deus não foi resultado nem de exaustão nem de fadiga, mas uma cessação de sua ocupação prévia. Deus descansou para deixar um exemplo a ser observado pelos seres humanos (Êx 20:11). Se Deus finalizou sua obra no sexto dia (Gn 2:1), o que querem dizer as Escrituras ao afirmar que Ele “findou a sua obra” no sétimo dia (Gn 2:2)? Ele havia terminado a criação dos céus e da Terra nos seis primeiros dias, mas ainda tinha de criar o sábado. Foi ao descansar durante esse dia que Deus o estabeleceu. O toque final de sua obra criadora.

2. Deus abençoou o sábado. Deus fez o sábado, e o abençoou. A bênção sobre o sétimo dia subentendia que, dessa forma, ele era declarado como objeto especial do favor divino e um dia que traria bênçãos a suas criaturas.

3. Deus santificou o sábado. Santificar significa separar, tornar algo sagrado ou santo, consagrado. Pessoas, lugares (santuário, templo ou igreja) e tempo (dias santos) podem ser santificados. Deus santificou o sétimo com o propósito de enriquecer o relacionamento divino-humano. Ele o abençoou e santificou para a humanidade, não para si próprio. É a sua presença que santifica o sábado.

O sábado no Sinai. Os eventos após à saída dos israelitas do Egito, mostram que eles haviam perdido de vista o sábado. A escravidão deve ter tornado muito difícil a observância do sábado. Pouco tempo depois que adquiriram a liberdade, Deus lhes fez recordar, por meio do milagre do maná e da proclamação dos dez mandamentos, sua obrigação quanto à observância do sábado.

1. O sábado e o maná. Um mês antes de proclamar sua lei no Sinai, Deus prometeu ao povo proteção contra as enfermidades, se dedicassem atenção diligente “aos seus mandamentos, e […] os seus estatutos” (Êx 15:26; cf. Gn 26:5). Logo depois, Deus relembrou aos israelitas a santidade do sábado. Por meio do milagre do maná, lhes ensinou em termos concretos quão importante era a sua vista o descanso no sétimo dia. Durante todos os dias da semana, Deus enviava uma quantidade de maná suficiente para atender às necessidades do dia. Não deveriam tentar armazenar nenhuma quantidade para o dia seguinte, pois estragaria (Êx 16:4, 16-19).

No sexto dia, porém, deveriam colher em dobro, de modo que houvesse o suficiente para atender as suas necessidades naquele dia e no sábado. Ensinando assim que o sexto dia era um dia de preparação, e também sobre a forma de observar o sábado, Deus disse: “Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte” (Êx 16:23). Somente para o sétimo dia poderia o maná ser guardado sem se deteriorar (Êx 16:24). Em linguagem similar àquela do quarto mandamento, Moisés disse: “Seis dias o colherás, mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá” (Êx 16:26). Durante quarenta anos (2.000 sábados) em que os israelitas estiveram no deserto, o milagre do maná os fez recordar esse esquema de seis dias de trabalho e um de descanso.

2. O sábado e a lei. Deus posicionou o mandamento do sábado no centro do decálogo. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem os teus filhos, nem os teus servos, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx 20:8-11).

Todos os mandamentos do decálogo são vitais, e nenhum deles deve ser
negligenciado (Tg 2:10), mas ainda assim Deus distinguiu o mandamento do
sábado dentre todos os demais. Com relação a ele, Deus ordenou: “Lembra-te”, alertando a humanidade para o perigo de se perder de vista a sua importância.

As palavras – “Lembra-te do dia de sábado para o santificar” – mostram que o sábado não foi instituído no Sinai. Ele fora estabelecido antes – na criação, conforme o próprio mandamento revela. Deus desejava que o sábado fosse observado como o seu memorial da criação. Ele define o tempo de repouso e adoração, para contemplarmos Deus e suas obras. A observância do sábado é um antídoto contra a idolatria. Ao lembrar-nos que Deus criou os céus e a terra, vemos claramente a distinção entre Deus e os falsos deuses. A guarda do sábado torna-se um sinal de nossa fidelidade ao verdadeiro Criador.

O mandamento do sábado funciona como o selo da lei de Deus. Os selos oficiais utilizados para validar documentos importantes, contém três elementos: o nome do dono do selo, seu título e a jurisdição de seus domínios. O selo implica que o próprio oficial aprovou a legislação e que toda a autoridade de seu cargo se encontra por detrás do documento.

O mandamento do sábado contém os elementos vitais do selo. É o único dentre os dez que identifica o Deus verdadeiro ao declarar o seu nome: “o SENHOR, teu Deus”; o Seu título: “Aquele que fez, o Criador”; e seu território: “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êx 20:10, 11). Somente o quarto mandamento mostra sob a autoridade de quem foram concedidos os dez mandamentos. Ele contém o “selo de Deus”, como evidência de sua autenticidade e vigência da mesma. Deveria constituir uma instituição de perpétua obrigação pessoal, imposta pela admoestação: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’ (Êx 20:8).

Esse mandamento divide a semana em duas partes. Seis dias para “trabalhar e fazer toda a tua obra”, e o sétimo dia para ser mantido livre de “qualquer trabalho” (Êx 20:9, 10). ‘Lembra-te do dia de sábado [descanso], para o santificar’.” Embora os seres humanos requeiram descanso físico para restaurar o corpo, Deus nos deu o exemplo, ao descansar de suas atividades na primeira semana deste mundo.

3. O sábado e o concerto. Assim como a lei de Deus ocupava posição central no concerto (Êx 34:27), assim o sábado ocupa lugar proeminente em seu concerto. Deus declarou que o sábado seria um “sinal entre mim e eles, para que soubessem que Eu sou o SENHOR que os santifica” (Ez 20:12; cf. Ez 20:20; Êx 31:17). Portanto, a guarda do sábado é um “concerto perpétuo” (Êx 31:16). “Da mesma forma como o concerto está baseado no amor de Deus por seu povo (Dt 7:7, 8), assim o sábado, como sinal do concerto, representa um símbolo do amor divino.”

4. Os sábados anuais. Em adição aos sábados semanais (Lv 23:3), existiam sete sábados anuais, cerimoniais, distribuídos ao longo do calendário religioso israelita. Esses sábados da antiguidade não se achavam diretamente vinculados ao sábado do sétimo dia. Tais sábados, “além dos sábados do SENHOR” (Lv 23:38), eram o primeiro e o último dia da Festa dos Pães Asmos, o Dia de Pentecostes, a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação, e o primeiro e último dias da Festa dos Tabernáculos (cf. Lv 23:7, 8, 21, 24, 25, 27, 28, 35, 36).

Pelo fato de a contagem desses sábados depender do início do ano religioso, que por sua vez se baseava no calendário lunar, eles podiam corresponder a qualquer dia da semana. Quando coincidiam com o sábado semanal, eram chamados de “grandes dias” (cf. Jo 19:31). “O sábado semanal foi instituído no final da semana da criação para toda a humanidade, os sábados anuais constituíam parte integral do sistema judaico de ritos e cerimônias, instituído no monte Sinai […] apontando para a futura vinda do Messias, e cuja observância terminou com a sua morte na cruz.”

O sábado e Cristo. As Escrituras revelam que, tão verdadeiramente quanto o Pai, Cristo foi o Criador (1Co 8:6; Hb 1:1, 2; Jo 1:3). Assim, foi Ele quem separou o sétimo dia para o descanso da humanidade. Jesus associou o sábado com sua obra redentora, assim como o fizera com sua obra criadora. Na qualidade de grande EU SOU (Jo 8:58; cf. Êx 3:14), Ele incorporou o sábado ao decálogo para enfatizar a lembrança do encontro semanal de adoração com o Criador. E Ele acrescentou outra razão para a observância do sábado: a redenção de seu povo (Dt 5:14, 15). Desse modo, o sábado assinala aqueles que aceitaram a Jesus como criador e salvador.

O duplo papel de Cristo, como criador e redentor, torna óbvia a razão pela
qual Ele reivindicou, como Filho do homem, ser também o “Senhor do sábado” (Mc 2:28). Com tal autoridade, Ele poderia ter descartado o sábado se quisesse fazê-lo, mas não foi isso que aconteceu. Ao contrário, aplicou o dia sagrado a toda a humanidade, dizendo: “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (v. 27). Durante todo o seu ministério terrestre, Jesus exemplificou diante de nós a fiel observância do sábado. Era “seu costume” adorar no sábado (Lc 4:16).

Tão grande era a preocupação de Cristo no tocante à santidade do sábado, que ao falar a respeito da perseguição que ocorreria após sua ascensão, aconselhou os discípulos a esse respeito. Disse: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado” (Mt 24:20). Isso implicava claramente, conforme observou Jonathan Edwards, “os cristãos ainda estariam sob a obrigação da observância do sábado”.

Quando Cristo completou sua obra de criação – seu primeiro grande ato – descansou no sétimo dia. Esse descanso significou acabamento e realização. Ele fez o mesmo no final de seu ministério terrestre, quando empreendeu seu segundo grande ato na história do mundo. Na tarde de sexta-feira, Cristo encerrou sua obra redentiva sobre a terra. Suas últimas palavras foram: “Está consumado!” (Jo 19:30). As Escrituras enfatizam que ao Ele morrer, “era o dia da preparação, e começava o sábado” (Lc 23:54). Em seguida a sua morte, repousou no túmulo, simbolizando isto que Ele havia consumado a obra de redenção da raça humana. Então, o sábado testifica tanto da obra criadora quanto da obra redentora de Cristo.

O sábado e os apóstolos. Os discípulos respeitavam o sábado. Isso se tornou evidente na morte de Cristo. Ao chegar o sábado, interromperam os preparativos do sepultamento e “no sábado, descansaram, segundo o mandamento”, e prosseguiram com seus afazeres no domingo, o “primeiro dia da semana” (Lc 23:56; 24:1).

Assim como Cristo, os discípulos adoraram no sábado do sétimo dia. Em suas viagens evangelísticas, Paulo frequentava as sinagogas no dia de sábado e pregava a Cristo (At 13:14; 17:1, 2; 18:4). Mesmo os gentios o convidavam para pregar no sábado (At 13:42, 44). Onde não havia sinagoga, ele procurava um lugar adequado para a adoração sabática (At 16:13). Assim como a participação de Cristo nos serviços sabáticos indicou a sua aceitação do sétimo dia como dia especial de adoração, ocorreu também com Paulo.

A fiel observância de Paulo, dos sábados semanais, contrastava com sua atitude firme contra os sábados cerimoniais. Ele tornou claro que os cristãos não precisavam guardar esses primitivos dias de descanso pelo fato de haver Cristo pregado na cruz as leis cerimoniais. Ele disse: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Cl 2:16, 17). Uma vez que “o contexto desta passagem trata de assuntos rituais, os sábados aqui mencionados são os sábados cerimoniais das festas anuais judaicas, os quais ‘eram uma sombra’, ou tipo, cujo cumprimento ocorreu em Cristo”.

Semelhantemente, escrevendo aos gálatas, Paulo insurgiu-se contra a observância dos requisitos da lei cerimonial, dizendo: “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Temo que os meus esforços por vocês tenham sido inúteis” (Gl 4:10, 11).

Muitos têm a impressão de que João se referia ao domingo ao declarar “achei-me em Espírito no dia do Senhor” (Ap 1:10). Na Bíblia, entretanto, o único dia mencionado como dia especial do Senhor é o sábado. Cristo declarou: “O sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus” (Êx 20:10); “Santo dia do SENHOR” (Is 58:13). E o próprio Cristo se identificou como o “Senhor também do sábado” (Mc 2:28). Assim, uma vez que nas Escrituras o único dia apresentado como dia do Senhor é o sábado, parece lógico concluir que João se referia ao sábado.

Em parte alguma a Bíblia nos ordena a guardar qualquer outro dia da semana, exceto o sábado. Nenhum outro dia é declarado santo ou abençoado. Tampouco indica o Novo Testamento que Deus tenha mudado o dia de repouso para qualquer outro dia da semana.

Ao contrário, as Escrituras revelam que era plano de Deus que seu povo observasse o sábado por toda a eternidade: “Porque, como os novos céus e a nova Terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que, de uma festa da lua nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne adorar perante mim, diz o SENHOR” (Is 66:22, 23).

O significado do sábado. O sábado possui amplo significado e está cheio de
profunda e rica espiritualidade.

1. Memorial perpétuo da criação. O mandamento que pede a observância do sábado (Êx 20:11, 12) está inseparavelmente vinculado ao ato da criação. Aqueles que o observam como memorial da criação, estarão assim reconhecendo, com gratidão, que Deus é seu criador e legítimo soberano e que eles são a obra de suas mãos, e súditos de sua autoridade. Nada havia prefigurativo, ou de aplicação restrita a qualquer povo. Uma vez que adoramos a Deus porque Ele é nosso criador, o sábado funciona como sinal e memória da criação.

2. Símbolo de redenção. Quando Deus libertou os israelitas da escravidão egípcia, o sábado (memorial da criação), se tornou também um memorial da libertação (Dt 5:15). “O Senhor pretendia que o repouso do sábado semanal, se corretamente observado, representasse constantemente a libertação da escravidão do Egito, não limitada a um país ou a determinado século, pois abrangeria todos os países e todas as eras. Hoje, ainda necessita o homem escapar da escravidão que resulta da ganância, do lucro e do poder, das desigualdades sociais e do pecado e egoísmo.”

É quando contemplamos a cruz que o descanso sabático se nos apresenta como símbolo especial de redenção. “Ele é o memorial do êxodo da escravidão do pecado, sob a liderança de Emanuel. O maior fardo que podemos carregar, é a culpa de nossa desobediência. O descanso sabático, pelo fato de apontar em direção ao passado, ao descanso de Cristo na sepultura, o repouso da vitória sobre o pecado, oferece aos cristãos a oportunidade tangível de aceitar e experimentar o perdão, a paz e o descanso de Cristo.

3. Sinal de santificação. O sábado é um sinal do poder transformador de Deus, um sinal de santidade ou santificação. O Senhor declara: “Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o SENHOR, que vos santifica” (Êx 31:13; Ez 20:20). O sábado constitui, portanto, um sinal de Deus como santificador. Da mesma forma como as pessoas são santificadas pelo sangue de Cristo (Hb 13:12), o sábado é também um sinal da aceitação, por parte do crente, de seu sangue para o perdão dos pecados.

Assim como Deus colocou o sábado à parte para um santo propósito, Ele separa o seu povo para um propósito santo – para que sejam suas testemunhas especiais. A comunhão do povo com Ele nesse dia conduz à santidade; eles aprendem a não depender de seus próprios recursos, mas do Deus que os santifica.

“O poder que criou todas as coisas é o poder que recria a alma à sua semelhança. Para aqueles que guardam o santo sábado é ele um sinal de santificação, é harmonia com Deus, unidade em caráter com Ele. Esta é recebida por meio de obediência àqueles princípios que são uma transcrição de seu caráter. E o sábado é o sinal de obediência. Aquele que de coração obedece ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei. Ele é santificado por meio da obediência.”

4. Sinal de lealdade. Do mesmo modo como a lealdade de Adão e Eva foi provada por meio da árvore do conhecimento do bem e do mal que estava no meio do jardim do Éden, assim a lealdade de cada ser humano a Deus será provada pelo mandamento do sábado, colocado no meio do decálogo.

As Escrituras revelam que, antes do segundo advento, o mundo inteiro será dividido em duas classes: aqueles que são leais e “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” e aqueles que adoram “a besta e a sua imagem” (Ap 14:12, 9). Naquela oportunidade, a verdade de Deus será exaltada diante do mundo e se tornará bem clara a todos que a observância fiel do sétimo dia da semana – o sábado das Escrituras – significará evidência de lealdade ao Criador.

5. Ocasião de companheirismo. Deus criou os animais para que fizessem companhia ao homem (Gn 1:24, 25). Para um nível mais elevado de companheirismo; Deus deu o homem e a mulher um ao outro (Gn 2:18-25). Por meio do sábado, porém, Deus deu à humanidade um presente que oferece a mais elevada forma de companheirismo – a comunhão com Ele. Seres humanos não foram criados apenas para se associarem aos animais, e aos outros seres humanos. Foram feitos para Deus.

É no sábado que podemos experimentar de forma especial a presença de Deus em nosso meio. Sem o sábado, tudo seria labor e suor sem fim. Todos os dias seriam iguais, devotados aos afazeres seculares. A chegada do sábado, entretanto, traz consigo esperança, alegria, significado e estímulo. Ela provê o tempo para a comunhão com Deus através da adoração, cânticos, oração, estudo e meditação da Palavra e por compartilhar o evangelho com os outros.

6. Sinal de justificação pela fé. Os cristãos reconhecem que por meio da orientação de uma consciência iluminada, os não cristãos que honestamente buscam a verdade, podem ser conduzidos pelo Espírito Santo a uma compreensão dos princípios gerais da lei de Deus (Rm 2:14-16). Isso explica porque os outros nove mandamentos – excetuando-se o do sábado – têm sido, em maior ou menor grau, praticados fora das fileiras do cristianismo.

Muitas pessoas conseguem compreender a necessidade de um dia semanal de descanso, mas não compreendem por que o trabalho que – efetuado em qualquer outro dia da semana – seria considerado digno e elogiável, mas, se praticado no dia de sábado, constitui pecado. A natureza não oferece qualquer justificativa para que se guarde o sábado. Os planetas movem-se em suas respectivas órbitas, a vegetação cresce, chuva e sol se alternam e os animais se comportam como em qualquer outro dia. Por que, então, deveria o ser humano guardar o sábado do sétimo dia? “Para o cristão existe apenas uma razão: Deus ordenou.”

Aqueles que guardam o sétimo dia o fazem pela fé e implícita confiança em Cristo, que ordenou a sua observância. Ao observar o sábado, os crentes revelam disposição de aceitar a vontade de Deus para sua vida, em vez de confiarem em seu próprio julgamento. Ao guardarem o sétimo dia, os crentes não estão tentando se tornar justos por si mesmos. Ao contrário, observam o sábado como resultado de seu relacionamento com Cristo, seu criador e redentor. A guarda do sábado é o produto de Sua justiça no processo de justificação e santificação, significando que eles foram libertados da escravidão do pecado e receberam sua perfeita justiça.

7. Símbolo de descanso em Cristo. O sábado – símbolo da libertação divinamente orientada do povo de Israel da escravidão do Egito para o descanso da Canaã terrestre – distinguiu os redimidos daqueles dias em relação a todas as nações circunvizinhas. De modo similar é o sábado um sinal de libertação do pecado e passagem para o descanso de Deus, o que separa os redimidos do restante do mundo.

“Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas” (Hb 4:10). Este é um repouso espiritual, um descanso de ‘nossas obras’, o término das obras de pecado. É para esse repouso que Deus chama seu povo, e é deste descanso que tanto o sábado quanto Canaã são símbolos.

Deus prometera esse descanso espiritual ao Israel literal. A despeito do fracasso desse povo em entrar no descanso, o convite divino ainda permanece: “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (Hb 4:9). Todos os que desejarem ingressar nesse repouso “devem primeiramente, entrar, pela fé no descanso espiritual do pecado e de seus próprios esforços para a salvação.

Tentativas para alterar o dia de adoração
Uma vez que o sábado desempenha papel vital na adoração a Deus como criador e redentor, não deveria constituir surpresa o fato de que Satanás tem levado adiante uma guerra sem tréguas na tentativa de subverter essa sagrada instituição.

Em parte alguma a Bíblia autoriza a mudança do dia de adoração que Deus instituiu no Éden e reafirmou no Sinai. Outros cristãos, observadores do domingo, reconhecem isso. O cardeal católico James Gibbons escreveu em certa oportunidade: “Você poderá ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e não encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado.”

A. T. Lincoln, um protestante, admite que “não se pode argumentar que o Novo Testamento, por si mesmo, provê apoio para a crença de que desde a ressurreição Deus indicou o primeiro dia da semana para ser observado como sábado. Tornar-se observador do sábado do sétimo dia é o único curso de ação consistente para qualquer pessoa que sustente possuir todo o decálogo, a força de lei moral.”

Se não existem evidências bíblicas de que Cristo ou os discípulos mudaram o dia de adoração do sábado para o domingo, por que tantos cristãos aceitam hoje este último dia?

O surgimento da observância do domingo. A mudança do sábado para o domingo, como dia de adoração, ocorreu gradualmente. Não existem evidências de santificação semanal do domingo por parte dos cristãos antes do segundo século, mas, por volta da metade desse século alguns cristãos observavam voluntariamente o domingo como dia de adoração, não como dia de repouso.

A igreja de Roma, composta em grande medida de crentes gentios (Rm 11:13), liderou a tendência no tocante à adoração dominical. Em Roma, a capital do Império, existiam fortes sentimentos antijudaicos, os quais se tornaram ainda mais fortes com o passar do tempo. Reagindo a tais sentimentos, os cristãos da cidade procuraram mostrar que eram diferentes dos judeus. Abandonaram algumas práticas que tinham em comum com os judeus e iniciaram a tendência de afastar-se da adoração no sábado, caminhando gradualmente para a adoração no domingo.

Do segundo ao quinto séculos, à medida que crescia a influência do domingo, os cristãos prosseguiram observando o sábado em praticamente todos os lugares do Império Romano. Sócrates, historiador do quinto século, escreveu: “Praticamente todas as igrejas do mundo celebram os sagrados mistérios no sábado, todas as semanas, embora as igrejas cristãs de Alexandria e Roma, por conta de algumas tradições antigas, tenham deixado de fazê-lo.”

No quarto e quinto séculos, muitos cristãos adoravam tanto no sábado quanto no domingo. Sozomen, outro historiador desse período, escreveu: “O povo de Constantinopla, e praticamente de todos os demais lugares, reúne-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume este nunca observado em Roma ou Alexandria.” Essas referências indicam a liderança de Roma no processo de abandono do sábado como dia de guarda.

Por que razão aqueles que estavam abandonando o sábado como dia de adoração escolheram o domingo, e não qualquer outro dia da semana? A razão principal é que Jesus havia ressuscitado no domingo; de fato, alegava-se que Ele autorizara a adoração dominical. “Mas, estranho como possa parecer, nenhum autor do segundo e terceiro séculos jamais citou um único texto bíblico como prova da autorização de se observar o domingo em lugar do sábado. Nem Barnabé, Inácio, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Roma, Clemente de Alexandria, Orígenes, Cipriano, Vitorino, nem qualquer outro autor que tenha vivido próximo ao período em que Jesus vivera, conhecia qualquer instrução a esse respeito, deixada por Jesus ou por qualquer texto bíblico.”

A popularidade e influência que a veneração do Sol por parte dos pagãos do império trazia consigo contribuiu para tornar crescente a aceitação do domingo como dia de adoração. A adoração do Sol ocupava lugar importante no mundo antigo. Representava “um dos mais antigos componentes da religião romana”. Em virtude dos cultos orientais ao Sol, “a partir da porção inicial do segundo século d.C., o culto do Sol Invictus se tornara dominante em Roma e em outras partes do império”.

O quarto século testemunhou a introdução de leis dominicais. Em primeiro lugar, foram impostas leis dominicais de caráter civil, depois vieram as leis dominicais de caráter religioso. O imperador Constantino estabeleceu o primeiro decreto dominical civil em 7/3/321 d.C. Em vista da popularidade do domingo entre os adoradores pagãos do Sol e da estima que muitos cristãos lhe dedicavam, ele tinha a esperança de que, tornando o domingo um dia santo, obteria ele o apoio das duas correntes em favor de seu governo.

O decreto dominical de Constantino refletia suas próprias origens como adorador do Sol. Diz o texto: “No venerável Dia do Sol devem os magistrados e as pessoas que residem nas cidades descansar, e devem fechar todas as casas de comércio. No campo, entretanto, as pessoas envolvidas na agricultura podem livre e legalmente continuar com suas tarefas.”

Várias décadas mais tarde, no Concílio de Laodiceia (encerrado em 364 d.C.), o qual não foi um concílio universal, e sim apenas católico romano, emitiu a primeira lei dominical eclesiástica. No cânone 29, a igreja estabeleceu que os cristãos deveriam honrar o domingo e, “se possível, não trabalhar neste dia”, e a não ficarem “inativos no sábado [grego sabbaton], pois deveriam trabalhar neste dia”.

Em 538 d.C., o ano que marcou o início do período profético de 1.260 anos, o Terceiro Concílio de Orleans da Igreja Católica Romana emitiu uma lei ainda mais severa que a de Constantino. O cânone 28 desse concílio diz que no domingo “mesmo a agricultura deve cessar seus labores, de modo que as pessoas não sejam privadas de frequentar a igreja”.

Profetizada a mudança. A Bíblia revela que a observância do domingo como instituição cristã tem sua origem no “mistério da iniquidade” (2Ts 2:7), o
qual já se encontrava em operação nos dias de Paulo. Por meio da profecia de Daniel, Deus revelara sobre à mudança do dia de adoração.

A visão de Daniel retrata um ataque contra a lei de Deus e contra seu povo.
O poder atacante, representado por um chifre pequeno (e por uma besta em
Apocalipse 13:1-10), traz consigo a grande apostasia no seio da igreja cristã. Surgindo a partir da quarta besta e se tornando um grande poder perseguidor depois da queda de Roma, o chifre pequeno efetua tentativas no sentido de “mudar os tempos e a lei” (Dn 7:25). O poder apóstata obtém grande sucesso em enganar a maior parte do mundo, mas, no final, o julgamento será pronunciado contra ele (Dn 7:11, 22, 26). Durante a tribulação final, Deus intervirá em favor de seu povo e o
livrará (Dn 12:1-3).

Existe apenas uma organização religiosa que pretende possuir as prerrogativas para modificar leis divinas. Observe o que as autoridades católico-romanas têm reivindicado ao longo da história: Por volta de 1400 d.C., Pedro de Ancarano afirmou que “o papa pode modificar a lei divina, uma vez que seu poder não provém do homem, mas de Deus, e ele age em lugar de Deus sobre a Terra, com pleno poder para comprometer ou liberar suas ovelhas”.

O impacto dessa surpreendente assertiva foi sentido durante a Reforma. Lutero dizia que as Sagradas Escrituras, e não a tradição da igreja, representavam o guia de sua vida. Seu lema foi sola scriptura – “a Bíblia e a Bíblia somente”. John Eck, um dos mais destacados defensores da fé católica romana, atacou Lutero neste ponto, reivindicando que a autoridade da igreja se encontrava acima da das Escrituras. Ele desafiou Lutero no tocante à observância do domingo em lugar do sábado. Disse Eck: “As Escrituras ensinam: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus’, etc. Entretanto, a igreja mudou o sábado para o domingo com base em sua própria autoridade, e para isto você [Lutero] não tem Escritura.”

Por ocasião do Concílio de Trento (1545 a 1563), convocado pelo papa com a finalidade de conter o protestantismo, Gaspare de Fosso, arcebispo de Reggio, trouxe outra vez o assunto à baila, dizendo: “A autoridade da igreja é, pois, ilustrada mais claramente pelas Escrituras; pois ao passo que de um lado ela [a igreja] as recomenda, declara-as como divinas [e] no-las oferece para serem lidas, […] por outro lado, os preceitos legais das Escrituras, ensinados pelo Senhor, cessaram em virtude da mesma autoridade [da igreja]. O sábado, o mais glorioso dia da lei, foi modificado para o Dia do Senhor. […] Esses e outros assuntos similares não cessaram em virtude dos ensinamentos de Cristo (pois Ele declarou que não veio para destruir a lei e sim para cumpri-la), mas foram modificados pela autoridade da igreja.”

Porventura mantém a igreja ainda essa posição? Na edição de 1977 do The Convert’s Catechism of Catholic Doctrine aparece esta série de perguntas e respostas:
P. Qual é o sábado? R. O sábado é o sétimo dia.
P. Por que observamos o domingo em lugar do sábado? R. Observamos porque a Igreja Católica transferiu a solenidade do sábado para o domingo.

Em seu best-seller The Faith of Millions (1974), o erudito católico romano John A. O’Brien chegou a esta constrangedora conclusão: “Uma vez que o sábado, e não o domingo, é especificado na Bíblia, não é curioso que os não católicos que professam obter sua religião diretamente da Bíblia e não da igreja observem o domingo em lugar do sábado? Sim, efetivamente, isto é incoerente.” O costume da observância do domingo, diz ele, “repousa sobre a autoridade da Igreja Católica, e não sobre um texto explícito da Bíblia. Essa observância permanece como uma lembrança da igreja-mãe, da qual as seitas não católicas se originaram – tal como um garoto que foge de casa mas ainda carrega em seu bolso uma fotografia da mãe ou uma mecha de seus cabelos.” A pretensão de possuir semelhantes prerrogativas cumpre a profecia e contribui para a identificação do poder representado pelo chifre pequeno.

A restauração do sábado. Em Isaías 56 e 58, Deus convida Israel para a reforma do sábado. Revelando as glórias da futura reunião dos gentios em seu rebanho (Is 56:8), Ele associa o sucesso dessa missão salvadora com a santificação do sábado (Is 56:1, 2, 6, 7). Ele esboça cuidadosamente a obra específica de seu povo. Embora sua missão seja de extensão mundial, ela se dirige especialmente para uma classe de pessoas que professam ser crentes mas que em realidade se apartaram de seus preceitos (Is 58:1, 2). Ele expressa a sua missão para esses professos crentes nos seguintes termos: “Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR” (Is 58:12-14).

A missão do Israel espiritual constitui um paralelo da que pertencia ao Israel antigo. A lei de Deus foi quebrada quando o poder do chifre pequeno modificou o sábado. Da mesma forma como o sábado, desconsiderado e pisado, deveria ser restaurado em Israel, assim nos tempos modernos a divina instituição sabática deve ser restaurada e a brecha na lei de Deus deve ser reparada.

É a proclamação da mensagem de Apocalipse 14:6 a 12, em conexão com o evangelho eterno, que haverá de cumprir essa obra de restauração e exaltação da Lei. E é a proclamação dessa mensagem que representa a missão da igreja de Deus nos dias que antecedem o segundo advento. Essa mensagem deve circundar o mundo, convidando todas as pessoas a que se preparem para a hora do julgamento.
As palavras que exortam à adoração do Criador, “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:7), constituem uma referência direta ao quarto mandamento da eterna lei de Deus. Sua inclusão nesta advertência final confirma o interesse especial de Deus em ter seu sábado, tão amplamente esquecido, restaurado antes do segundo advento.

A apresentação dessa mensagem precipitará um conflito que envolverá o mundo inteiro. A questão central será a obediência à lei de Deus e a observância do sábado. Em face a este conflito, todas as pessoas terão de decidir se guardarão os mandamentos de Deus ou os dos homens. Essa mensagem produzirá um povo que guardará os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Aqueles que a rejeitarem acabarão recebendo a marca da besta (Ap 14:9, 12).

A observância do sábado
Para nos “lembrar” do dia de sábado e o conservarmos santo (Êx 20:8),
necessitamos pensar nele durante toda a semana, efetuando os preparativos
necessários para que possamos observá-lo de maneira que agrade a Deus.

Pelo fato de ser o sábado um dia de comunhão especial com Deus, no qual somos convidados a celebrar sua graciosa atividade como criador e redentor, é importante que afastemos de nós tudo que possa contribuir para reduzir sua sagrada atmosfera. A Bíblia especifica que durante o sábado devemos cessar nossas atividades seculares (Êx 20:10), evitando todo trabalho realizado para ganhar a vida, e todas as transações comerciais (Ne 13:15-22).

Devemos honrar a Deus não seguindo os nossos próprios caminhos, não fazendo a nossa vontade, nem falando palavras vãs (Is 58:13). Não devemos nos envolver em conversas, interesses e pensamentos seculares, ou se nos envolvermos em esportes, pois nos afastaremos da comunhão com o nosso Criador e violaremos a santidade do sábado. Nossa preocupação com o mandamento do sábado deveria se estender a todos os que se acham sob a nossa jurisdição – nossos filhos, aqueles que nos prestam serviço e mesmo as nossas visitas e os nossos animais (Êx 20:10) – de modo que também eles possam desfrutar as bênçãos do sábado.

O sábado se inicia no pôr do sol da sexta-feira e finaliza-se no pôr do sol do
sábado (Gn 1:5; Mc 1:32). As Escrituras consideram o dia que antecede o sábado (sexta-feira) como o dia de preparação (Mc 15:42). Nesse dia deve-se preparar a alimentação da família para o sábado, de modo que durante as horas sagradas eles possam também repousar de seus labores (Êx 16:23; Nm 11:8).

Ao se aproximarem as sagradas horas do sábado, é bom que os membros da família se reúnam, pouco antes do pôr do sol, para juntos cantar, orar e estudar a Palavra de Deus, convidando desse modo o Espírito Santo como hóspede bem-vindo. Ao final do sábado devem ter o mesmo tipo de reunião, suplicando a presença e orientação de Deus ao longo da semana que está começando.

O Senhor estimula eu povo a converter o dia de sábado em dia deleitoso (Is 58:13). Como podem eles obter essa experiência? Somente se seguirem o exemplo de Cristo, o Senhor do sábado. Cristo adorava regularmente aos sábados, participando de cerimônias e instruindo as pessoas em assuntos religiosos (Mc 1:21; 3:1-4;Lc 4:16-27; 13:10). Mas Ele fazia mais do que simplesmente prestar culto. Desfrutava de comunhão com outros (Mc 1:29-31; Lc 14:1), gastava parte do tempo fora de casa (Mc 2:23) e praticava sagrados atos de misericórdia. Sempre que possível, curava os enfermos e aflitos (Mc 1:21-31; 3:1-5; Lc13:10-17; 14:2-4; Jo 5:1-15; 9:1-14).

Quando criticado face a suas obras de alívio ao sofrimento, Jesus replicou: “É lícito, nos sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Suas atividades curadoras não transgrediram o sábado, muito menos o aboliram. Elas significaram o fim do pesado fardo de regulamentos humanos que haviam conduzido à distorção do significado do sábado como instrumento divino de refrigério e deleite espirituais.

O Senhor do sábado convida a todos a que sigam o seu exemplo. Aqueles que atendem seu chamado desfrutam do sábado como dia de deleite e festa espiritual – um antegozo do Céu. Descobrem que “o sábado foi designado por Deus para prevenir o desencorajamento espiritual. Semana após semana, o sétimo dia conforta a nossa consciência, assegurando-nos que, a despeito de nossos caracteres imperfeitos, somos completos em Cristo. Suas realizações no Calvário servem como nossa expiação. Ingressamos em seu repouso”. Fonte- Nisto Cremos, p.312-334

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