Recebemos a orientação de que “a igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (Atos dos Apóstolos, p. 9). Mas, à medida que o tempo passa, as igrejas acabam enfrentando duas tentações perigosas. A primeira é a institucionalização. Isso quer dizer que ela perde o fervor missionário e passa a se preocupar somente consigo mesma. A outra tentação é o secularismo, o qual subentende que a igreja se abre tanto para o mundo a ponto de se tornar mundana.
A fim de evitar essas tentações sérias, no dia 14 de outubro de 1976, a Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em seu Concílio Anual, adotou o documento intitulado “Evangelismo e o término da obra de Deus”. O documento afirma que a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia é “proclamar a todo o mundo o evangelho eterno de Jesus Cristo no contexto das três mensagens angélicas de Apocalipse 14, que, além das doutrinas primordiais da igreja cristã, incorporam as verdades distintivas do santuário e da justificação pela fé”.
O mesmo documento adverte: “Existem muitos programas e projetos excelentes que são muito úteis para serem usados no contexto pré-evangelístico, tais como os relacionados com a alimentação, o fumo, a assistência social e outras ajudas sociais. Porém, úteis como possam ser, se não conduzirem à experiência do novo nascimento em Cristo e à aceitação dos postulados doutrinários da igreja remanescente de Deus, eles consumirão o tempo, a atenção, o dinheiro e os recursos da igreja sem alcançar o objetivo último de Deus de salvar o homem para a eternidade. […] Portanto, mediante decisões administrativas, deve ser deixado claro por preceito e exemplo que só receberão atenção e financiamento os programas da igreja que ajudam a cumprir a missão básica da igreja.”
Assim como os líderes da igreja se preocuparam com essas questões em 1976, nós, várias décadas depois, devemos fazê-lo. Nossa tarefa é permanecer e trabalhar no mundo sem ser do mundo. Ou, conforme declarou Jesus: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno” (Jo 17:15, NVI). – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB