Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Mateus 7:24

Essas palavras de Cristo fazem parte da comparação que Ele fez entre o homem prudente e o insensato em relação à aceitação ou rejeição de Seus ensinamentos. O insensato ouve, mas não aceita nem pratica Suas palavras. É como alguém que constrói sobre a areia: vem a chuva e destrói a construção. O prudente ouve, aceita e pratica Suas palavras. É como quem edifica sobre a rocha. A casa resiste às tormentas.

Essa casa nos faz pensar na vida edificada com bom senso, fundamentada nos princípios da Palavra de Deus. Permanecerá inabalável durante as tempestades ameaçadoras da existência. Também pode ser o lar, construído sobre a Rocha dos séculos, Jesus Cristo. Esse é o fundamento seguro no qual a família deve ser instituída e desenvolvida. Estando firmada sobre a Rocha, ela prevalecerá contra o tsunami de conceitos ultraliberais que jorram do mundo.

Ao relatar essa declaração de Cristo, Lucas acrescentou uma expressão significativa: o homem prudente “cavou fundo” (Lc 6:48, NVI). Isso implica intencionalidade, perseverança, tempo e esforço no trabalho de edificação.

Construir a família sobre a Rocha é tornar Cristo o centro e a razão de tudo no relacionamento entre esposo, esposa e filhos. É não dar um passo sem Ele; não tomar decisões sem a certeza da aprovação Dele. É convidá-Lo pela manhã, em busca de proteção, orientação e guia; continuar com Ele em todas as atividades, e louvá-Lo em gratidão no fim de cada dia.

Construir a família sobre a Rocha é rejeitar usar o material mundano – valores e máximas, a sensualidade e a ideia de ajuntamento descartável.

Finalmente, construir a família sobre a Rocha é aprender a perdoar com o perdão de Jesus, aceitar o outro como Ele aceita e amar com o amor divino. Esse tipo de amor simplesmente ama. Não está fundamentado em motivação egoísta nem depende de coisas que o passar do tempo leva consigo. Descobre valores infinitos em seres finitos. Não é sentimentalismo vazio, mas um princípio elevado e santo.

Lembre-se disto: “Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para a aliança matrimonial. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta” (Ellen White, A Ciência do Bom Viver, p. 358).

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA