Em janeiro de 2017, a Organização Mundial de Saúde relatou que durante os 15 anos anteriores, as doenças isquêmicas do coração haviam sido a principal causa de morte no mundo. Muitas pesquisas científicas e medidas preventivas tentam diminuir esse índice. Mesmo assim, chega o momento em que nosso coração para de funcionar como deveria.
Em 3 de dezembro de 1967, o cirurgião cardíaco sul-africano Dr. Christiaan N. Barnard (1922-2001) realizou, no hospital Groote Schuur em Cidade do Cabo, o primeiro transplante de coração de ser humano para ser humano e o segundo transplante de coração da história. O paciente foi Louis Washkansky, que viveu somente 18 dias com o novo órgão. Com o desenvolvimento de medicamentos mais poderosos para controlar a rejeição e o aumento da expectativa de vida, o transplante cardíaco se transformou em um procedimento padrão ao redor do mundo.
Na esfera espiritual, todos os seres humanos necessitam de um transplante de coração. Deus prometeu que Ele mesmo realizará o procedimento. Em Ezequiel 36:26 (NVI), o Senhor diz: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.” O versículo 27 apresenta o motivo para isso: “Porei o Meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os Meus decretos e a obedecerem fielmente às Minhas leis.” E Jeremias 31:33 acrescenta: “Na mente, lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo.”
De fato, “nosso coração é mau, e não conseguimos mudá-lo. […] A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todas essas coisas têm sua devida importância, mas neste caso não têm poder para mudar a situação. Podem até mostrar um comportamento aparentemente correto, mas não podem transformar o coração nem purificar as fontes da vida. É preciso que haja um poder que opere no interior, uma nova vida vinda de cima para que o homem passe do estado pecaminoso para a santidade. Esse poder é Cristo. Somente Sua graça poderá vitalizar as inativas habilidades espirituais e atrair a pessoa para Deus, para a santidade” (Caminho a Cristo, p. 18).
Assim como nos dias de Jesus (Mt 23:1-36), atualmente muitos bons cristãos têm apenas uma religião exterior, sem uma experiência de conversão genuína. Seria esse o nosso caso também? Por que não entregar completamente nossa vida ao Senhor agora e Lhe pedir que nos dê um novo coração? – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB