Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Romanos 12:10

A humildade cristã não é a atitude servil de Urias Heep, personagem do livro de Charles Dickens. Esse personagem um tanto desprezível falava continuamente sobre sua personalidade humilde, ao passo que demonstrava amplamente pelas ações estar cheio de interesses egoístas. A humildade não é falsa modéstia. Humildade é a devida estima de si mesmo. É a aceitação do lugar designado por Deus para cada pessoa. É a singela aceitação da ordem divina para sofrer ou agir sem o pensamento dos direitos ou preeminências pessoais. É o vazio do eu que Deus preenche. Essa plenitude torna-se a cortesia da alma, o segredo da beleza entre os homens.

“Preferindo-vos em honra uns aos outros” não implica fraqueza. Ao contrário, denota simplesmente força nascida de um correto senso de proporções. Os cristãos humildes podem estar destemidos na presença dos grandes da Terra, porque experimentaram a exaltação de ser pequeninos diante do grande Deus.

A vida de Charles Wesley ilustra a verdade da exortação do apóstolo no verso de hoje. Por meio de seus hinos, Wesley tem provavelmente exercido mais influência nos pensamentos da igreja cristã hoje que qualquer outro homem dos últimos três séculos. Um dos mais belos tributos à vida humilde desse homem foi deixado por uma pessoa que certamente conhecia Wesley melhor que qualquer outra: a própria esposa. Esse tributo aparece no prefácio de um volume de sermões dele. Abre como que uma janela de palavras através das quais nos é dado ver o coração de Wesley e um verdadeiro exemplo de humildade.

Sua companheira de 50 anos disse: “Sua mais notável excelência era a humildade; ela se estendia aos seus talentos bem como às virtudes; ele não somente reconhecia, como se deleitava na superioridade de outros, e se já houve alguém que não apreciasse o poder, evitasse a preeminência e fugisse ao louvor, esse foi Charles Wesley.”

Walter Raymond Beach, 19/5/1961, MM 2021, CPB

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