Quando Paulo passou a falar da justiça divina, do domínio próprio e do dia do juízo que estava por vir, Félix teve medo e disse: “Por ir, por enquanto. Quando for mais conveniente, mandarei chamá-lo outra vez”. Atos 24:25

Em Atos 24, Paulo é acusado por Tértulo, o advogado dos líderes judeus. Ele defende a sua vida e doutrina. Prega Cristo ao governador Félix e a sua esposa Drusila. O governador almejava, em vâo, receber suborno. Por fim, ao sair do cargo, deixa Paulo na prisão.

Ananias e Tértulo acusam Paulo perante Félix (v.1-9):

Cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias chegou com alguns dos líderes do povo e um advogado chamado Tértulo (orador profissional e advogado) para exporem ao governador sua causa contra Paulo. Quando Paulo foi chamado, Tértulo apresentou as acusações: “Excelentíssimo Félix, o senhor tem proporcionado a nós, judeus, um longo período de paz e, com perspicácia, tem realizado reformas que muito nos beneficiam. Por todas essas coisas nós lhe somos extremamente gratos.

Contudo, não desejo tomar seu tempo, por isso peço sua atenção apenas por um momento.
Constatamos que este homem é um perturbador, que vive causando tumultos entre os judeus de todo o mundo. É o principal líder da seita conhecida como os Nazarenos. Quando o prendemos, estava tentando profanar o templo. Nós queríamos julgá-lo de acordo com nossa lei, mas Lísias, o comandante do regimento, usou de força e o tirou de nossas mãos, e ordenou a nós, os acusadores, que nos apresentássemos perante o senhor. Nossas acusações poderão ser confirmadas quando o senhor interrogar Paulo pessoalmente”. Os outros judeus concordaram e declararam ser verdadeiro o que Tértulo tinha dito.

Paulo apresenta a sua defesa (v.10-21):

Quando Paulo recebeu um sinal do governador para falar, disse: “Sei que o senhor tem julgado questões dos judeus há muitos anos e, portanto, apresento-lhe minha defesa de bom grado.
O senhor poderá verificar com facilidade que cheguei a Jerusalém não mais que doze dias atrás para adorar no templo. Meus acusadores não me encontraram discutindo com ninguém no templo, nem causando tumulto em nenhuma sinagoga, nem nas ruas da cidade. Eles não podem provar as acusações que fazem contra mim. “Reconheço, porém, que sou seguidor do Caminho, que eles chamam de seita. Adoro o Deus de nossos antepassados e creio firmemente na lei judaica e em tudo que está escrito nos profetas. Tenho em Deus a mesma esperança destes homens, de que ele ressuscitará tanto os justos como os injustos (Daniel 12:2). Por isso, procuro sempre manter a consciência limpa diante de Deus e dos homens.

“Depois de estar ausente por vários anos, voltei a Jerusalém com dinheiro para ajudar meu povo e apresentar ofertas. Meus acusadores me viram no templo depois que completei minha cerimônia de purificação. Não havia multidão nenhuma ao meu redor e nenhum tumulto. Só estavam ali alguns judeus da Ásia, e são eles que deveriam estar aqui diante do senhor para me acusar, se têm algo contra mim. Pergunte a estes homens que aqui estão de que crimes o conselho dos líderes do povo me considerou culpado, exceto pela ocasião em que gritei: ‘Estou sendo julgado diante dos senhores porque creio na ressurreição dos mortos!’”.

Paulo perante Félix e Drusila (v.22-27):

Nesse momento, Félix, que tinha bastante conhecimento sobre o Caminho, interrompeu a audiência e disse: “Esperem até Lísias, o comandante do regimento, chegar. Então decidirei o caso de vocês”. Ordenou que um oficial mantivesse Paulo sob custódia, mas lhe deu certa liberdade e permitiu que seus amigos o visitassem e providenciassem aquilo de que ele precisava. Alguns dias depois, Félix voltou com sua esposa, Drusila (sua terceira esposa), que era judia. Mandou chamar Paulo, e os dois ouviram enquanto ele lhes falava a respeito da fé em Cristo Jesus.

Quando Paulo passou a falar da justiça divina, do domínio próprio e do dia do juízo que estava por vir, Félix teve medo e disse: “Pode ir, por enquanto. Quando for mais conveniente, mandarei chamá-lo outra vez”. Félix também esperava que Paulo lhe oferecesse dinheiro (Êxodo 23:8), de modo que mandava buscá-lo com frequência e conversava com ele. Assim se passaram dois anos, e Félix foi sucedido por Pórcio Festo. E, uma vez que Félix desejava obter a simpatia dos judeus, manteve Paulo na prisão (Êxodo 23:2).

Enquanto Tértulo começa seu discurso bajulando Félix, para depois acusar Paulo de coisas que não eram verdades, Paulo não bajula Félix, e sob a direção do Espírito Santo, se defende sem muita dificuldade, das acusações que foram feitas contra sua pessoa. Ele diz ser fiel ao judaismo. O governador ficou sensibilizado pelas palavras de Paulo, e adiou o julgamento. Mas, ainda manteve Paulo na prisão por dois anos, e, periodicamente, o trazia a sua presença, com a finalidade de que Paulo lhe desse dinheiro para que o soltasse. Provavelmente acho que Paulo teria muito dinheiro, pois falara que trouxera uma contribuição para os irmãos em Jerusalém. Deus sempre conduz os Seus servos, nos momentos mais difíceis de sua caminhada.

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