Este teu porte é semelhante à palmeira, e os teus seios são como seus cachos de frutos. Cântico 7:7

Salomão, no Cântico 7, enaltece mais uma vez a sua amada, com uma descrição adicional dos seus atrativos. Da parte dela, vem a confissão de sua total confiança em seu amado, e o seu desejo de estar sempre ao seu lado.
O amado (v.1-9):
Quão formosos são os teus pés calçados nas sandálias, ó filha do príncipe, com seu porte de princesa! Os contornos de tuas coxas, dos teus quadris, são como jóias, trabalhadas por mãos de artista habilidoso. O teu umbigo tem forma perfeita como uma taça redonda, a que não falta bebida, cheia de vinho de boa mistura; o teu ventre como um monte de trigo, cercado de lírios.
Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos de gazela. O teu pescoço é gracioso como a torre de marfim; os teus olhos são como os açudes cristalinos de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz é belo como a torre do Líbano, de onde se avista Damasco. A tua cabeça sobre ti é majestosa como o monte Carmelo, e o brilho dos cabelos da tua cabeça como a púrpura irradia nobreza; o rei está preso nas suas tranças.

Como você é linda, quão formosa, e quão aprazível és, ó meu amor em delícias! A tua estatura é semelhante à palmeira; e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas. Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração tenha o perfume das maçãs. E a tua boca como o bom vinho para o meu amado, que se bebe suavemente, e faz com que falem os lábios dos que dormem.

A amada (v.9-13):

Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição, me deseja. Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias, entre as flores silvestres.  Levantemo-nos bem cedo, pela manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se já aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores. Ali as mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas há todo o gênero de excelentes frutos, delícia novas e velhas; ó amado meu, eu os guardei para ti.

Salomão volta a descrever a sua amada com mais ricos detalhes ainda, sempre comparando partes de seu corpo com a bela natureza criada por Deus, e também com verdadeiras obras de arte feitas pelo homem. Parece que cada encontro com sua amada é um momento de delicias de um amor sincero. E ela retribui falando de seu amor por Salomão e o convida para estarem juntos em contato com a bela natureza que os cerca.

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