EZEQUIEL 23 – AS DUAS MERETRIZES

Por isso eu a entreguei nas mãos de seus amantes, os assírios, os quais ela desejou ardentemente.         Ezequiel 23:9

Em Ezequiel 23, Deus fala ao profeta sobre as prostituições de Oolá (Samaria) e de Oolibá (Jerusalém). Oolibá será destruída por seus amantes. O profeta reprova os adultérios de ambas e fala dos juízos que cairiam sobre elas.

O adultério das duas irmãs (v.1-21):

Recebi esta mensagem do Senhor: Filho do homem, existiam duas irmãs, filhas da mesma mãe. Elas se tornaram prostitutas no Egito desde a juventude, permitindo que seus seios fossem acariciados. A mais velha chamava-se Oolá (Samaria), e sua irmã, Oolibá (Jerusalém). Casei-me com elas e me deram filhos e filhas.

Então, embora fosse minha, Oolá desejou ardentemente outros amantes e se entregou aos assírios. Jovens atraentes, capitães e comandantes, com belas roupas azuis, montados a cavalo. Ela se entregou como prostituta a toda a elite dos assírios e adorou seus ídolos e se contaminou. Ela não abandonou a prostituição iniciada no Egito, quando homens a usaram como prostituta.

Por isso eu a entreguei nas mãos de seus amantes, os quais ela desejou ardentemente. Eles lhe arrancaram as roupas, deixando-a nua, levaram embora seus filhos e filhas e a mataram. Depois do castigo, sua reputação tornou-se conhecida entre todas as mulheres da terra.

Sua irmã Oolibá viu isso. No entanto, em sua cobiça e prostituição, foi mais depravada que a irmã. Também desejou ardentemente os assírios, capitães e comandantes, em belos uniforme, jovens e belos cavaleiros. Ela se contaminou como sua irmã mais velha.

Ainda levou sua prostituição mais longe. Viu homens desenhados numa parede, figuras de oficiais babilônios, com uniformes vermelhos, usando cinturões e turbantes na cabeça. Vestiam-se como oficiais de Babilônia. Assim que ela os viu, desejou-os ardentemente e lhes mandou mensageiros até a Caldéia. Eles vieram, cometeram adultério com ela e a contaminaram na cama do amor. Depois de contaminada ela se afastou desgostosa.

Então prosseguiu abertamente em sua prostituição expondo sua nudez, e eu me afastei dela desgostoso, assim como tinha me afastado de sua irmã. Ela ia se tornando cada vez mais promíscua à medida que se recordava dos dias de sua juventude no Egito. Desejou ardentemente os seus amantes, cujos membros eram como os de jumentos e cuja ejaculação era como a de cavalos. Assim, Oolibá ansiou pela lascívia de sua juventude, no Egito.

O Senhor julga Oolibá (v.22-35):

Portanto, assim diz o Senhor: “Incitarei os seus amantes contra você, aqueles de quem você se afastou desgostosa, e os trarei para atacá-la de todos os lados: os babilônios e todos os caldeus, os homens de Pecode, Soa e de Coa, e com eles todos os assírios, jovens atraentes, capitães, comandantes, oficiais dos carros de guerra e oficiais de alto escalão a cavalo. Virão com armas, carros e uma multidão de povos; por todos os lados tomarão posição contra você com escudos grandes e pequenos e com capacetes. Eu a entregarei e eles a castigarão conforme o costume deles. Dirigirei contra você a ira do meu ciúme e, enfurecidos, eles saberão como tratá-la. Cortarão fora o seu nariz e as suas orelhas, e as pessoas que forem deixadas cairão à espada. Levarão embora seus filhos e filhas, e os demais serão consumidos pelo fogo. Arrancarão as suas roupas e tomarão suas joias. Assim darei um basta à lascívia e à pros­tituição que você começou no Egito. Você deixará de olhar com desejo para essas coisas e não se lembrará mais do Egito”.

Pois assim diz o Senhor: “Estou a ponto de entregá-la nas mãos dos que você odeia, e se afastou desgostosa. Eles a tratarão com ódio e levarão embora tudo aquilo pelo que você trabalhou. Eles a deixarão nua, e a vergonha de sua prostituição será exposta. Isso lhe sobrevirá por sua lascívia e promiscuidade, porque você desejou ardentemente as nações e se contaminou com os ídolos delas. Você seguiu pelo caminho de sua irmã; por isso bebera do mesmo cálice de terror que ela bebeu”.

Assim diz o Senhor: “Você beberá do cálice de terror de sua irmão, um copo grande e fundo. Ele está cheio até a borda de desprezo e zombaria. Embriaguez e angústia se apossarão de você, pois seu cálice está cheio até a borda. Você o beberá até a última gota. ; depois o despedaçará e mutilará os próprios seios. Agora, assim diz o ­Senhor: Visto que você se esqueceu de mim e me deu as costas, você vai sofrer as consequências de sua lascívia e de sua prostituição”.

O Senhor julga as duas irmãs (v.36-49):

O Senhor me disse: Filho do homem, pronuncie julgamento sobre Oolá e Oolibá por todos os seus pecados detestáveis. Elas cometeram adultério ao adorarem seus ídolos, e assassinato ao sacrificarem seus filhos, que geraram para mim, aos ídolos. Contaminaram o meu santuário e profanaram os meus sábados. No mesmo dia em que sacrificavam seus filhos, entravam em meu santuário e o profanavam.

Enviaram mensageiros atrás de homens, vindos de longe, e, quando eles chegaram, se banhou para recebê-los, pintou os olhos e pôs suas joias. Se sentou num belo sofá, tendo à frente uma mesa, na qual colocara o incenso e o óleo que me pertenciam. De seu quarto vinham sons de muitos homens bebendo e se divertindo. Eram os sabeus (trazidos do deserto) lascivos e beberrões, que puseram braceletes em seus braços e lindas coroas em sua cabeça. Então eu disse a respeito daquela que fora destruída pelo adultério: Que agora a usem como prostituta, pois é o que ela é. E eles dormiram aquelas mulheres, Oolá e Oolibá, como quem dorme com uma prostituta. Mas os justos julgarão essas cidades irmãs de acordo com o que de fato são: adúlteras e assassinas.

Assim diz o Soberano Senhor: “Tragam um exército contra elas e entreguem-na para serem aterrorizadas  e saqueadas. Eles as apedrejarão e as retalharão à espada; matarão seus filhos e filhas, destruirão suas casas e as queimarão. Dessa maneira darei fim à lascívia na terra, para que todas as mulheres fiquem advertidas e não as imitem. Vocês sofrerão o castigo de sua cobiça e as consequências de seus pecados de idolatria. Então saberão que eu sou o Senhor.

A prostituição de Israel era tanta, que Deus a chama de promíscua ao extremo. Parece que nada as saciava, tanto Israel (Oolá – Samaria) como Judá (Oolibá – Jerusalém).  Iam atrás de seus amantes, Egito, Assíria e Babilônia, ao invés de buscarem Aquele que as separou para serem suas. Transgrediam a Lei de Deus, e ofereciam seus filhos ao deus Moloque e, aos sábados, iam adorar ao Senhor. Quanta hipocrisia. Jerusalém via o que estava acontecendo com Samaria, mas copiava os seus atos. Deus suportou essa situação até onde pode. Enviava Seus profetas para alertar o povo sobre o que lhes sucederia pelos seus pecados. Estejamos alertas para não incorrer nos mesmos erros dessas nações, e priorizando Deus em nossa vida.